Curitiba – A Ferroeste lançou nessa sexta-feira (21) o Programa de Integridade e Compliance, ferramenta responsável por garantir a transparência e a confiabilidade nos processos. Diretores e colaboradores acompanharam em Curitiba a palestra ministrada pelo advogado Rodrigo Pironti, que explicou o funcionamento do novo programa.
O diretor-presidente da Ferroeste, Ricardo Soares Martins, reforçou a importância do mecanismo ao afirmar que a ideia é começar a mudar a filosofia dos funcionários de forma geral, não só dentro da empresa, porque isso tem a ver com ética.
O termo compliance, que em inglês significa estar de acordo com uma regra, já é uma realidade em várias empresas privadas, e na área pública não é diferente. A Lei 13.303/2016, denominada Lei das Estatais, estabelece a obrigatoriedade da prática nas atividades de empresas públicas e sociedades de economia mista desde junho deste ano.
De acordo com Rodrigo Pironti, o processo já está presente em todas as empresas estatais. “Elas devem estar preparadas para essa nova realidade e já ter estruturas de compliance implementadas para que seja possível controlar e diminuir o âmbito das fraudes e desvios éticos”, diz.
Pilares
A ferramenta de gestão engloba vários pilares como a identificação dos riscos enfrentados nos processos, o desenvolvimento e implementação de mecanismos para proteger a organização desses riscos e a resolução das dificuldades.
Com essas ações, a empresa consegue reduzir custos e despesas, aumentar o rendimento operacional e evitar perdas. Além disso, atuar em conformidade com as leis mostra o comprometimento da organização com a ética e a transparência.
Para o advogado, a lógica do processo é muito simples: “Estar em compliance é estar em conformidade com as regras estabelecidas para o desenvolvimento das atividades da empresa por meio de regras de conduta, de posicionamento ético e do cumprimento da legislação e da regulação em que está inserida”.
Confiabilidade
Segundo o presidente da Ferroeste, o procedimento vai garantir a confiabilidade dos processos licitatórios, por exemplo, por meio da criação de matrizes de conduta. “Eu não preciso questionar e ver o contrato anterior para saber o que foi feito, porque se estiver errado, eu vou continuar fazendo errado. O objetivo é ter uma série de ações que têm que ser feitas e cumpridas e saber o risco que vai ter ou não”.