Cotidiano

EUA dizem que US$ 400 milhões pagos ao Irã estavam condicionados à libertação de americanos

WASHINGTON ? O Departamento de Estado dos EUA afirmou nesta quinta-feira que os US$ 400 milhões pagos ao Irã em janeiro estavam condicionados à libertação dos americanos que estavam sendo mantidos em cárcere por autoridades iranianas. O porta-voz do órgão, John Kirby, disse que as negociações para a transação financeira já aconteciam separadamente às conversas sobre os prisioneiros ? e o governo americano reteve o dinheiro para alavancar a saída dos americanos do Irã, que aconteceu em 17 de janeiro.

As declarações se referem a uma história que gerou polêmica ao longo dos últimos meses nos EUA. O governo americano negava que a transferência dos US$ 400 milhões estivesse relacionada à libertação dos prisioneiros em Teerã, embora os dois eventos tenham acontecido no mesmo dia. O montante era referente a um depósito de décadas atrás para uma compra de armas que nunca foi consumada.

No entanto, fontes da operação relataram uma história bem diferente ao ?The Wall Street Journal?, em meio a rumores de que o dinheiro havia sido pago como resgate dos prisioneiros.

Segundo o jornal americano, autoridades americanas não deixaram os iranianos terem acesso ao dinheiro até que um avião da Força Aérea da Suíça transportando os três americanos libertados decolasse de Teerã no dia 17 de janeiro. Uma vez que isso aconteceu, um avião iraniano teve a permissão de trazer o dinheiro de volta a partir de um aeroporto de Geneva naquele mesmo dia.

Autoridades americanas se recusaram a discutir os detalhes de como o dinheiro foi devolvido ao Irã. O presidente dos EUA, Barack Obama, se limitou a dizer que o dinheiro foi fornecido em notas porque o regime iraniano não tinha vínculos bancários normais.