Cotidiano

Eletricitários fazem greve para forçar equiparação salarial

Eles cruzaram os braços na quarta; empresa diz que serviços essenciais são mantidos

Foz do Iguaçu – Na onda das greves do funcionalismo público federal pelo Brasil, agora é a vez dos eletricitários da Itaipu cruzarem os braços. Sob a justificativa da falta de avanços nas negociações com a hidrelétrica, o sindicato que representa a classe decidiu, com suporte de assembleia, entrar em greve já nas primeiras horas de ontem. O movimento deverá seguir por tempo indeterminado.

Mesmo sem tocar nos pontos reivindicados pelos trabalhadores, a Itaipu Binacional emitiu nota à imprensa na qual garante que os serviços essenciais de operação da hidrelétrica seguem normalmente, sem riscos ao abastecimento.

A concentração dos eletricitários ocorre nas proximidades do portão de acesso à hidrelétrica. Ontem, eles impediram a entrada de outras categorias de trabalhadores, de acadêmicos da Unila e de funcionários do PTI, o Parque Tecnológico de Itaipu.

O Sinefi (Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu) diz que a decisão de paralisar as atividades foi aprovada em assembleia geral. Nela, mais de 90% dos presentes concordaram com a greve a partir das primeiras horas de quarta-feira, já que a diretoria brasileira de Itaipu não havia assinalado positivamente com alguns pontos da pauta.

Um dos argumentos dos brasileiros é o mesmo que os funcionários do lado paraguaio empregam quando querem pressionar por reajuste acima dos índices oficiais de correção. Eles querem equiparação da tabela salarial com a dos eletricitários da margem direita da hidrelétrica.

O Sinefi defende que o topo da nova tabela salarial ME seja o equivalente ao valor do nível 75C da tabela atual (R$ 26.306,04) e a partir de então que ocorra digressão até o nível de avanço 16C. Também pede garantias de avanço salarial mínimo quando ocorrer promoção funcional.

(Com informações de Jean Paterno)