MANILA – Sempre falastrão, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, afirmou que se “sentiu como um santo” após falar com Donald Trump, a quem imitou em um evento formal. Nesta quarta-feira, disse ainda que o presidente eleito nos EUA defendeu a melhoria das relações, enquanto ofereceu apoio a Trump no combate a narcotraficantes ? Duterte é acusado de apoiar esquadrões de morte de criminosos, motivo pelo qual é atacado pela comunidade internacional. No mesmo dia, ele disse que reféns de sequestros em alto-mar “também devem ser bombardeados”, porque “foram alertados de que estavam em área perigosas”.
? “Presidente Duterte, devemos melhorar nossas relações. Sabe, você está indo muito bem. Sei qual é sua preocupação com estes americanos te criticando. Você está indo bem, continue” ? disse Duterte num evento da ONU focado em medidas anticorrupção, tentando imitar o tom de voz do magnata.
Segundo Duterte, Trump o convidou para uma conversa quando ele estiver nos EUA ? de acordo com o líder filipino, pela questão dos narcóticos.
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? Me senti como um santo ? disse Duterte, acusado de apoiar diretamente e ter vínculos com grupos policiais e milicianos que matam pessoas em operações antidrogas.
Num comício no mesmo dia, em Manila, ele disse ter relatado aos líderes malaio (Najib Razak) e indonésio (Joko Widodo) que deu aval a que suas forças de segurança entrassem em águas territoriais filipinas caso estiverem perseguindo suspeitos de radicalismo islâmico que fogem com reféns (o grupo jihadista Abu Sayyaf é habituado a esta prática).
? Se os terroristas estiverem escapando, bombardeiem-nos. Se não puderem ser capturados, joguem bombas. E quanto aos reféns? Bombardeiem também. Não deveria estar ali, há um alerta sobre isso.
