O dólar disparou nesta quinta-feira (18) depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que alimentaram percepções de que as reformas serão afetadas e, consequentemente, a recuperação da economia.
Ao meio-dia, a moeda norte-americana subia 7,18%, cotada a R$ 3,3588 na venda, após chegar a operar a R$ 3,43 mais cedo.
DÓLAR FUTURO
O dólar futuro atingiu o limite máximo permitido de R$ 3,3235 para este pregão. Os temores eram tão grandes que as negociações do dólar à vista demoraram para acontecer, com os investidores optando por não tomar posições no início do dia.
O dólar futuro é um produto negociado em bolsa (um derivativo) que representa o quanto as instituições financeiras acreditam que a moeda norte-americana estaria valendo no futuro. O que está sendo negociado nesta quinta-feira tem vencimento para 1º de junho.
Esses contratos têm um alto volume de negociação e, por isso, acabam sendo referência para definir quanto o dólar está valendo hoje. Porém, para evitar oscilações excessivas, a bolsa estipula um limite diário para variação do dólar futuro. Para hoje, esse limite está em 5,63%, (R$ 3,32), segundo a B3.
INTERVENÇÃO DO BC
O Banco Central anunciou nova intervenção no mercado, com leilão de swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e que não eram voltados para rolagem de contratos já existentes, segundo a Reuters.
O órgão manteve ainda a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de moedas) para rolagem do vencimento de junho.
A autoridade também fará oferta de até 40 mil contratos com vencimentos em 1/8/2017, 2/10/2017 e 2/1/2018.
Em novembro do ano passado, o Banco Central também havia feito oferta adicional de swap para tentar conter a volatilidade do mercado após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Mais cedo, o Tesouro Nacional e o BC publicaram notas afirmando que estão atentos ao mercado e que atuarão para manter sua plena funcionalidade.
O Tesouro suspendeu o leilão de venda de LTN e LFT programado para esta sessão.