RIO – O dólar comercial abriu em alta de 0,70% nesta segunda-feira, cotado a R$ 3,30. Na sexta-feira a moeda americana encerrou a semana a R$ 3,278.
Os rumores de uma alta nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) derrubavam as bolsas em todo o mundo nesta segunda-feira. O temor afetava também o mercado de dívida.
? Os mercados mundiais caíram da cama depois de um agosto sonolento ? afirmou Jasper Lawler, analista da CMC Markets. ? Os movimentos até agora haviam sido tão surpreendentemente fracos nos mercados de ações que só podiam acabar com um susto.
As dúvidas sobre o futuro da política monetária, sobretudo nos Estados Unidas, ?levantam ventos de estresse nos mercados, mas não se pode falar de pânico?, afirma Andrea Tuéni, analista do Saxo Banque.
Os investidores estão preocupados que o Fed eleve os juros já na próxima semana, depois que o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse em um discurso na sexta-feira que aumentos graduais na taxa podem estar de acordo com a economia dos EUA, de pleno emprego. Também disse que juros baixos estão aumentando a chance de uma economia superaquecida.
Notícias de que o banco central do Japão está avaliando maneiras de inclinar a curva de rendimento dos títulos japoneses, junto com preocupações de que bancos centrais em geral estão ficando sem opções de estímulo, também afetaram as dívidas soberanas e o apetite por risco globalmente.
Na Ásia e na Europa, as bolsas caíam pela manhã seguindo o ritmo de Wall Street na sexta-feira, quando o Dow Jones registrou a queda mais forte desde 24 de junho ? dia seguinte ao voto pela saída britânica do Reino Unido ? de 2,13%.
Hong Kong fechou com perdas de 3,36%, Xangai caiu 1,88% e o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, perdeu 1,73%. O índice de blue chips chinês teve a maior queda em três meses. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,67%, maior perda percentual desde 13 de junho.
Na Europa, a bolsa de Londres caía 1,50% no fim da manhã (hora local), enquanto Paris registrava perda de quase 2% e Madri, de 2,5%,