Foz do Iguaçu – No pedido de prisão de Reni Pereira acatado pelo desembargador federal Márcio Antônio Rocha, o MPF (Ministério Público Federal) foi direto na ferida, sustentando com indícios concretos o entendimento de que os R$ 120 mil apreendidos pela Polícia Federal na casa do agora prefeito afastado era fruto de propina paga a ele por empreiteiros implicados no escândalo de desvio de recursos públicos desmantelado pela Operação Pecúlio.
“Está comprovado nos autos que os R$ 120 mil apreendidos na residência do investigado Reni, em 19 de abril de 2016, têm origem ilícita, constituindo-se em produto de propinas pagas como provenientes de desvios de recursos públicos federais”, sustentou a procuradora da República Antônia Lélia Neves Sanches. A conclusão, ressalta ela, está embasada em delações premiadas e em documentos apreendidos pela PF com o empresário Fernando da Silva Bijari, apontado como um dos principais membros do cartel de empresários formado para fraudar licitações que desviaram perto de R$ 5 milhões em recursos públicos.
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Colocada atrás das grades em junho, na terceira fase da Operação Pecúlio, a ex-diretora de gestão em saúde da Prefeitura de Foz do Iguaçu, Marli Terezinha Telles, conseguiu habeas corpus junto ao TRF da 4ª Região, em Porto Alegre, pelo relaxamento de sua prisão. A decisão, no entanto, determina que ela não poderá se distanciar por mais de cinco quilômetros da casa da família, em Dionísio Cerqueira (SC), e terá de usar tornozeleira eletrônica.
