BRASÍLIA – A Procuradoria-Geral da República (PGR), em acordo com procuradores do Rio de Janeiro, conseguiu na Justiça autorização para destinar R$ 270 milhões apreendidos em poder da quadrilha chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral para pagar o 13º salário do funcionalismo do Estado.
A medida deve ser efetivada a partir da próxima terça-feira, quando haverá um evento no Tribunal Regional Federal do Rio, com a presença de Rodrigo Janot, no qual a decisão será anunciada formalmente. Os pagamentos serão preferencialmente para quem ganha até quatro salários mínimos, o que representa 90% da folha. Quem tem salário acima disso receberá até o limite de quatro salários mínimos.
Os recursos desviados por corrupção foram recuperados na Operação Eficiência ? desdobramento da Calicute, que prendeu Cabral em novembro. Com o avanço das investigações, os irmãos Marcelo e Renato Chebar, operadores de Cabral que fecharam acordos de delação, devolveram R$ 270 milhões aos cofres públicos.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, atuou para intermediar a negociação entre a Procuradoria-Geral do Rio e o Ministério Público Federal em torno da liberação do dinheiro.