SÃO PAULO. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer impedir produtores do filme ?Polícia Federal – a lei é para todos?, sobre a Operação Lava-Jato, de utilizarem imagens da condução coercitiva do petista, ocorrida em março do ano passado. Em petição ao juiz Sérgio Moro, na noite desta quinta-feira, os advogados de Lula pedem a New Group Cine & TV LTDA, responsável pela obra, que se abstenham de utilizar gravação do depoimento de Lula. Segundo os defensores, um vídeo do ex-presidente sendo interrogado teria sido cedido pela Polícia Federal à produtora.
Os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin solicitaram a Moro que seja decretado sigilo absoluto sobre o vídeo e que seja divulgada a relação de todos os policiais que tiveram acesso ao material. Os defensores ainda relacionam notícias de jornais e revistas que dizem que o filme dará destaque para a cena da condução coercitiva de Lula e sugerem que a obra pretende macular a imagem do ex-presidente num momento que os institutos de pesquisa o apontam em primeiro lugar na disputa presidencial de 2018.
?Uma operação de proporções gigantescas e que envolve centenas de ?personagens?, terá como cena principal a reconstituição da condução coercitiva do peticionário (Lula), sobre o qual não pesa condenação judicial em nenhuma instância, em claro juízo de seletividade que visa macular sua imagem perante a sociedade?.