Cotidiano

Cuidado com o açúcar: ele te envelhece

Um dos sete marcadores do envelhecimento está todo dia na mesa durante as refeições: o açúcar. Nomeado como um dos Seven Skin Ages (sun, sugar, sleep, stress, skin care, smoking e second – sol, açúcar, sono, estresse, cuidados com a pele, fumo e segundo, alusivo ao tempo) no Congresso de Dermatologia de Barcelona, o açúcar é perigoso, pois não está presente apenas nos doces: tudo que vira açúcar no organismo pode envelhecer a nossa pele se consumido em demasia. “É importante se atentar para carboidratos, farináceos brancos, que também se transformam em açúcar. Consumimos açúcar indiretamente o tempo todo para gerar energia. Se esse consumo for exagerado, esse processo se acumulará no organismo e se inicia a glicação”, alerta a dermatologia Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

A médica explica que a ingestão de açúcar em demasia na dieta colabora para um processo de glicação, no qual as fibras de colágeno e elastina endurecem por reagirem com esses açúcares. Com isso, elas perdem a questão da maleabilidade, da flexibilidade, da sustentação e ancoragem da pele.

O açúcar também está ligado, segundo estudos, ao aparecimento de manchas: “O acúmulo de AGEs [espécies avançadas de glicação] provocam ainda a perda da volumetria natural, que é o contorno e a sustentação além do tônus, e com isso se inicia uma mudança da boa morfologia e da anatomia primária da pele jovem”, completa. Isso ocorre porque os AGEs derivados de espécies avançadas reativas de glicação geram ação inflamatória e envelhecimento precoce de todo o sistema.

Quando ocorre a quebra, então, das proteínas do colágeno e da elastina, isso acontece, de acordo com a dermatologista, tanto em relação à derme papilar como à derme reticular. “Nós temos a quebra da elastina, fazendo uma ancoragem de sustentação mais profunda, e o colágeno do tipo 1, tipo 3 e do tipo 7 que está bem na junção de epiderme e derme. Com isso, há um processo de desnaturação dessas proteínas, ou seja, há uma perda do quadro de arranjo, do arquétipo natural da pele, que é desestruturado com consequente perda de proliferação com relação às células e também a matriz extracelular onde está localizado o ácido hialurônico. Ou seja, existe uma desorganização da arquitetura da pele e uma fratura das proteínas de sustentação.” A consequência disso é que a sustentação da pele é desestabilizada e há uma consequente aparição de volumetrias negativas, ou seja, depressões e a formação de linhas, de rugas e de vincos cada vez mais profundos.

O excesso de açúcar no corpo também contribui para piorar a acne na pele.

Como combater

Graças aos estudos e avanços tecnológicos na área, existem no mercado produtos que agem como antiglicante e deglicante (revertendo o processo de glicação). “O nutracêutico Glycoxil é um peptídeo biomimético da carcinina que atua como antioxidante, antiglicante e desglicante, possui a capacidade de bloquear o açúcar excedente, impedindo que se liguem as proteínas ao colágeno. Ele também desliga o açúcar que se ligou ao colágeno revertendo o processo. Dessa forma, devolvemos as proteínas as suas características iniciais e funcionais. E também por proteger da ação dos raios UVB, protege o DNA celular dos danos oxidativos. A associação com silício orgânico biodisponível Exsynutriment age melhorando o aspecto da pele, dando mais firmeza”, explica a dermatologista.