BRASÍLIA – A Receita Federal anunciou nesta quinta-feira que o volume de créditos fiscais recuperados no ano, até agosto, foi de 73,2 bilhões. Esses números se referem a valores que desconhecidos pelo Fisco, que foram descobertos, mas ainda não foram efetivamente pagos, porque podem ser contestados ou parcelados pelos devedores. Em termos de valores, há queda de 14% em relação mesmo período do ano passado, o que é afetado, entre outros motivos, pela greve dos auditores.
O setor mais autuado entre pessoas jurídicas em 2016 foi a indústria, com R$ 30,2 bilhões em créditos. Em segundo lugar, ficaram os serviços em geral, com R$ 8,1 bilhões, e serviços financeiros com R$ 7,6 bilhões. Entre pessoas físicas, os diretores e executivos de empresas respondem por R$ 1,3 bilhão dos créditos, ou quase um quarto do total.
Entre os maiores destaques na recuperação de créditos da Receita estão as grandes operações em parceria com Ministério Público e Polícia Federal, principalmente a Operação Lava-Jato. Desde 2012, antes ainda de deflagrada a operação policial, a Receita já apontou créditos de R$ 8 bilhões entre os envolvidos na operação Lava Jato e ainda há 1 mil procedimentos abertos.
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Apenas neste ano, a Receita atuou também nas operações Zelotes, de esquema criminoso no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Greenfield (envolvendo fundos de pensão), Ararath (envolvendo políticos de Mato Grosso), entre outras.
? Temos grande esforço de recuperação nessas operações, que nem sempre se traduzem em créditos tributários, mas trabalhar e constituir provas para que essas pessoas envolvidas em atos criminosos sejam condenadas em esfera judicial ? disse Iagaro Jung Martins, subsecretário de fiscalização.
