RIO – Altas em dois índices de confiança medidos pela Fundação Getulio Vargas, em maio, mostram uma melhora nas expectativas de empresários. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira atingiu o nível mais alto desde março de 2015, com avanço de 1,7 ponto, atingindo 79,2 pontos neste mês. Já o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu pelo terceiro mês seguido – a alta foi de 1,2 ponto, atingindo 70,5 pontos, maior nível desde julho do ano passado.
O resultado na indústria foi influenciado principalmente pelo aumento de 2,6 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 78,2 pontos. O setor já realizou parte do ajuste de estoques e percebe diminuição do ritmo de queda da demanda. Mas, apesar da redução do pessimismo nos dois últimos meses, há ainda muita incerteza, como as relacionadas ao potencial de crescimento do consumo interno e ao ambiente político, disse em nota o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada registrou queda de 0,5 ponto percentual e atingiu 73,8 por cento em maio na comparação com abril. Em março, a produção industrial brasileira subiu 1,4% sobre o mês anterior, no melhor resultado mensal em pouco mais de dois anos. Ainda assim, o setor fechou o primeiro trimestre com queda de 11,7 por cento.
A alta em serviços foi influenciada principalmente pelo Índice de Expectativas (IE-S). O IE-S avançou 3 pontos e chegou a 75 pontos. Pela primeira vez, a melhora das expectativas parece afetar positivamente os planos das empresas em relação ao emprego, cujo indicador mostra movimento de alta, após registrar um mínimo histórico em abril, disse o consultor da FGV/Ibre, Silvio Sales, em nota.
O setor de serviços do Brasil acelerou as perdas em março com uma queda no volume de 5,9% em comparação com o mesmo período de 2015, pior resultado para o mês na série iniciada em 2012.