Cascavel – Após quatro meses consecutivos demitindo mais do que contratando, o comércio parece que volta a respirar e as expectativas para a recuperação da economia são boas, ao menos quando o assunto são as gerações de novas vagas.
Desde dezembro de 2015 o setor vinha acumulando mais demissões do que contratações. No último mês do ano passado, quando se esperava vendas em alta por conta do fim do ano, o segmento eliminou 287 postos formais de trabalho. Em janeiro de 2016 foram extintas 144 ocupações, em fevereiro 97 e em março 57, mas no penúltimo e último levantamentos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, referentes aos meses de abril e maio de 2016, o setor mais contratou do que demitiu, criando 128 e 80 novas ocupações formais, respectivamente.
Para o vice-presidente do Comércio da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel) e presidente do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas e do Comercio Varejista de Cascavel e região Oeste do Paraná) Paulo Beal, a justificativa está nas expectativas à recuperação da economia, aliadas para alguns setores ao frio que veio com tudo no mês de maio e junho, uma vez que não havia um inverno tão rigoroso há anos e neste os lojistas estão vendendo bem e, em alguns casos, para atender os clientes foi preciso contratar mais. “Além disso, somos uma região predominantemente agrícola, com bons desempenhos e isso é muito importante para manter a economia”, reforça.
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Esta tendência deve se manter pelo segundo semestre e seguir até o fim do ano, quando o segmento vive seu melhor momento em se tratando de vendas para o Natal. “Em um mês e meio teremos o Dia dos Pais e a expectativa é para que as vendas pelo menos se mantenham iguais as do ano passado. Depois disso temos o Dia das Crianças em outubro e quando vemos já é fim do ano, afinal de contas, já estamos no segundo semestre então todos os lojistas precisam aproveitar todas as oportunidades”, segue.
Reversão do quadro
Além do aumento nas vendas, o foco está na reversão do quadro negativo da geração formal de empregos. De janeiro a maio deste ano o comércio fechou 148 ocupações com carteira assinada em Cascavel e no acumulado dos últimos 12 meses, foram 851. Para Beal, se o desempenho dos dois últimos meses for mantido, será possível reverter este quadro até o fim do ano. “Mas sabemos que o movimento em parte do comércio está menor por conta das obras do PDI [Plano de Desenvolvimento Integrado] e há alguns dias nos reunimos com o Poder Público pedindo um esforço dobrado nas obras do Calçadão e da Avenida Brasil para que se encerrem até o fim do ano, quando temos o melhor momento para o comércio”, reforça.
