A conturbada história do BRT (Bus Rapit Transit, ou trânsito rápido por ônibus) de Cascavel, já foi alvo de questionamentos sobre a viabilidade do projeto. O secretário de Planejamento, Fernando Dillenburg, diz que a administração fará o que for possível para que funcione. “De uma maneira ou de outra, nós vamos fazer dar certo, é compromisso da administração, o que talvez nós tenhamos que fazer é estudar com calma o que temos ai” diz o secretário.
Dillenburg observa que as pessoas que planejaram o BRT não pensaram em fazer algo para errado, mas ressalta que o sistema não está nos moldes de um BRT que necessita de três requisitos para ser considerado como tal: pista exclusiva, semáforos sincronizados com os ônibus e estações fechadas. “Aqui em Cascavel temos os dois primeiros requisitos, falta o último que para mim é um dos mais importantes” afirma.
A estação fechada, explica o secretário, é necessário para que as pessoas subam e desçam dos ônibus em estações como acontecem nos metrôs. Ele comenta que do jeito que está não trará muitas diferenças para a população. “Eu entendo que na maneira que tá projetado o ganho não vai ser tão grande”. Para o secretário, o que deve ser feito agora é achar soluções, fazer as melhores escolhas e estudar a fundo o sistema. “Agora cabe a nós termos uma visão diferente e procurar achar alternativas, e isso tem que ter especialista, estamos tentando achar o caminho e ter uma opinião de quem entende do assunto para dizer o que é possível fazer hoje para que nós tenhamos um BRT. Precisamos desta resposta”, afirma.
Investimentos nos semáforos
De acordo com Dillenburg, os investimentos nos semáforos foram feitos parcialmente e há necessidade de mais investimentos. Segundo ele, o computador que comanda os semáforos está há sete anos defasado. “Eu não tenho condições de usar 100% do potencial dos equipamentos, por isso temos uma dificuldade no sincronismo, vamos fazer um investimento a mais, o prefeito autorizou, vamos gastar em torno de um milhão e meio, vamos atualizar o sistema de gerenciamento do sistema de semáforos todo” afirma Dillenburg.