RIO ? Alunos do Colégio Anglo-Americano, na Barra, foram selecionados para participar das Olímpiadas Britânicas de Inglês (British English Olympics), competição de conhecimentos entre escolas de diversos países, realizada a partir de sexta-feira, em Vancouver, no Canadá, pela Oxford Internacional. A escola bilíngue foi a única instituição do Rio a ser selecionada para o evento WEE Junior, que engloba estudantes de até 14 anos. São Paulo terá duas escolas participantes.
Sete crianças do Anglo-Americano, entre 8 e 12 anos, competirão com alunos de escolas de diferentes partes do mundo. As atividades, executadas sempre na língua inglesa, serão divididas em cinco categorias: teatro, dança, esporte, conhecimentos acadêmicos e sustentabilidade. Cada apresentação será avaliada, e sairá vencedora a escola que tiver a maior pontuação.
Entre os desafios propostos pela organização da olimpíada escolar está o cumprimento de uma atividade surpresa envolvendo material reciclável e uma espécie de quiz com perguntas sobre o Canadá. Outra tarefa designada aos alunos brasileiros consiste em produzir um material em PowerPoint mostrando o que fazer no Japão e em Malta em uma primeira visita aos dois países.
Para não fazer feio durante os seis dias de evento na University of British Columbia, em Vancouver, as crianças se preparam desde maio com aulas de inglês intensificadas e pesquisas sobre a cultura e os costumes de outros países. De acordo com Binha Cardoso, diretora do colégio, a escolha dos alunos participantes se deu a partir do interesse que demonstraram pelo intercâmbio.
? A maioria se mostrou muito interessada em viajar e aprender coisas novas. O engajamento das famílias também está sendo muito grande. Todos estão empolgados e ansiosos com a viagem, e até montaram um grupo de WhatsApp. Ter a nossa escola no evento é um reconhecimento do trabalho realizado aqui ? comemora.
Coordenadora do núcleo de inglês do Anglo-Americano, a professora Roberta Braz acredita que a experiência vai contribuir para o desenvolvimento educacional e pessoal das crianças.
? Os grandes objetivos são que eles ganhem fluência no idioma e que essa viagem seja o estalar da oralidade para cada um deles. Isso ocorre com frequência quando se tem uma experiência fora do país. Elas vão viajar sem os pais, apenas com os responsáveis da escola, o que favorece uma experiência pessoal enriquecedora e traz noções de autonomia e independência ? observa.
O intercâmbio será a primeira oportunidade que Maria Clara Cordeiro, de 10 anos, terá de conviver com pessoas cujos idiomas soam completamente diferentes da língua portuguesa. Apesar do temor de ?ficar sem entender nada?, a menina tem boas expectativas acerca da viagem.
? A melhor coisa vai ser fazer amizades com várias crianças da minha idade. E a única coisa de que não vou gostar vai ser acordar cedo, porque também teremos aulas todos os dias, antes das competições ? pondera.
Com apenas 12 anos, Enzo Peragini já pensa no futuro. Além de estar ansioso para conhecer uma cidade do hemisfério Norte, ele se confessa curioso para conhecer uma universidade.
? As competições vão ocorrer em uma grande universidade canadense. Quero saber como é o funcionamento de um campus ? explica.