Cotidiano

70% dos municípios estão na balança comercial

Com mais exportações e as importações em queda, superávit chega a US$ 1 bilhão

Santa Helena – Mesmo em crise, o ano de 2017 vai fechar com um saldo recorde da balança comercial na região oeste do Paraná. Não fossem as transações internacionais, a devastação econômica teria sido ainda mais nociva ao oeste. Esta tem sido a avaliação de especialistas em mercado internacional e economistas.

Basta dizer que 35 dos 50 municípios da região, ou seja, 70% deles tiveram algum tipo de atividade na balança comercial brasileira de janeiro a novembro deste ano, segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Juntos, esses municípios já acumulam um volume recorde em dólares para as exportações, batendo US$ 1,586 bilhão, número 20% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o acumulado apresentava US$ 1,325 bilhão.

Já as importações fizeram um caminho inverso e perderam força em 16%. Baixaram de US$ 688 milhões de janeiro a novembro do ano passado para US$ 579,3 milhões no mesmo período deste ano. Com isso, o maior reflexo é no saldo da balança, o maior já registrado na região desde que os indicadores passaram a ser computados: US$ 1 bilhão. Em 2016 havia sido US$ 637,3 milhões. Avanço agora de 58%.

“Claro que muito disso é em função dos cinco municípios que mais exportam e que juntos representam quase 90% das vendas para outros mercados, mas não podemos esquecer que uma economia diversificada é fundamental para segurar as pontas durante a crise”, afirma a economista Regina Martins.

Municípios menores e a economia

“E se os municípios menores estão exportando mais, como a gente tem observado, são negócios se consolidando, geralmente pequenas empresas que estão empregando e proporcionando mais riquezas para os seus municípios”, destaca a economista Regina Martins.

Se na ponta de cima da tabela as cidades de Cascavel, Palotina, Cafelândia, Matelândia e Foz do Iguaçu lideram as vendas para mercados externos, há de se lembrar de municípios como Santa Helena, Guaraniaçu, Pato Bragado e Diamante D´Oeste. Eles estão nas últimas posições nesse tipo de comercialização, não têm exportações volumosas, mas reforçam o envolvimento de que essa ação tem aumentado ano após ano. “A abertura de mercados é fundamental para a diversificação econômica. São os pequenos negócios que seguram a economia e garantem os empregos”, afirma a economista.