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Tecnologia 5G terá mais impacto na indústria do que para o consumidor

A internet poderá ser 16 vezes melhor

Tecnologia 5G terá mais impacto na indústria do que para o consumidor

A tecnologia 5G é estudada há anos e já começou a ser implementada em alguns países. No Brasil, debates acalorados sobre o leilão e a licitação das frequências atrasam esse processo. Embora seja uma grande novidade no setor, a inovação deve ter muito mais impacto na indústria do que para o consumidor final, de acordo com alguns executivos.

O consumidor observará uma melhora substancial, já que a internet poderá ser 16 vezes melhor, mas o verdadeiro avanço será no setor industrial, com a promessa de qualidade suficiente para cirurgias à distância com auxílio de um robô e aprimoramento no Ensino à Distância.

Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, e Sun Baocheng, presidente de Carrier Business Group da Huawei no Brasil, discutiram o tema no Future.com, evento focado em transformação digital que reúne líderes em tecnologia aplicada às telecomunicações.

“É muito mais provável que o 5G seja um facilitador para o desenvolvimento tecnológico do país do que algo que gere benefício imediato para o cliente final”, disse Labriola. Segundo o executivo, a chegada do 5G pode movimentar R$ 23 bilhões em 10 anos, aumentando o PIB em 1% e criando 200 mil empregos formais. As informações são da Época Negócios.

Já Baocheng, por sua vez,  acredita que a tecnologia deve contribuir com US$ 289 bilhões para a economia mundial até 2025, trazendo ganhos espetaculares de produtividade para as indústrias. As operadoras também poderão trabalhar com diferentes modelos de negócio para atender o setor industrial, já que as empresas terão diferentes necessidades de acesso à internet 5G.

O representante da Huawei no Brasil ainda estima que mais de 1,57 bilhão de pessoas usem 5G em mais de 480 milhões de domicílios até 2025. Para que isso aconteça, contudo, os governos precisam investir massivamente em infraestrutura, incluindo antenas e linhas de fibra ótica.

No Brasil a definição se arrasta, graças aos diferentes entendimentos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e dos empresários. Até mesmo dentro da agência há divergência, o que fez com que o leilão do 5G fosse adiado para o começo de 2021 — antes estava programado para 2020. A definição ocorreu no último dia 12 de dezembro, em reunião entre membros do conselho.

O adiamento ocorre por causa das discussões entre os conselheiros sobre tópicos importantes para o formato do leilão de frequências. Em outubro deste ano, o conselheiro Vicente Aquino, relator do processo, apresentou uma nova proposta. Entre as inovações está a ideia de dividir o país em 14 regiões, para dar chance também para as empresas de menor porte. O conselheiro Emmanoel Campelo pediu vistas, o que significa que o documento pode ser analisado em 60 dias.

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