Documentos com esses levantamentos foram apresentados ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ao secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, em visitas do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, e do diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior, à Brasília no último mês.
Seguindo a orientação do 17º informe técnico do Ministério da Saúde, o Paraná irá destinar as doses de CoronaVac enviadas na 19ª pauta para conclusão de esquemas vacinais incompletos. As 188,8 mil doses recebidas do imunizante serão destinadas a partir desta semana para esse ajuste nos municípios que registraram falta de vacinas para aplicação de D2, além de complementação de esquema para frascos enviados com nove doses (cada frasco-ampola multidose deve conter 10 doses de 0,5ml/dose).
“No último mês, tivemos pelo menos três reuniões no Ministério da Saúde, inclusive com a presença do governador Ratinho Junior, onde solicitamos o envio destas doses em falta, além de solicitarmos revisão do número dos grupos prioritários. Agora com o envio destas doses, poderemos suprir a demanda reprimida e dar continuidade ao processo de imunização no Paraná”, disse Beto Preto.
O 18º informe técnico do Ministério da Saúde informa que “atendeu o quantitativo total de D2 da vacina solicitados pelos estados” e que “ações de descumprimento do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19 (PNO) não serão reparados pelo MS, uma vez que prejudicam a ordem nacional voltada à interrupção da pandemia”.
Diante disso, o secretário reforçou o pedido para que os municípios cumpram com as orientações de destinação das vacinas para que não haja novas faltas de vacinas ou atraso de aplicação de D2 para os paranaenses.
O documento acrescenta que “mesmo em atraso, o esquema vacinal deverá ser completado com a administração da D2 o mais rápido possível” e que “é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal, no entanto o intervalo entre as doses deve ser cumprido”.
VIGILÂNCIA – A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, explicou o motivo da falta de doses para D2. “O Ministério da Saúde envia as doses com destinação específica por grupo, além de designar o que deve ser primeira e segunda dose. Sendo assim, quando um município aplica mais doses como primeira dose (D1), tirando das D2, consequentemente irão faltar doses para complementação do esquema”, disse.
Ainda segundo a diretora, após o pedido dos municípios por mais doses, a Sesa realiza uma avaliação para envio de mais vacinas. “A equipe técnica do Programa Estadual de Vacinação analisa o quantitativo solicitado pelo município, confere o número de doses enviadas para ele e verifica se foi notificado no sistema nacional de imunização. Após essa conferência, se os dados baterem e se for verificado que há necessidade de mais doses, o Estado realiza o envio”, explicou.