O governador Beto Richa (PSDB) afirmou hoje que anuncia na semana que vem se renuncia ou não ao cargo para disputar uma vaga no Senado nas eleições de outubro. O prazo para a desincompatibilização de que vai concorrer a outro cargo termina no próximo dia 7 de abril. Richa reafirmou não descartar permanecer no governo até o final do mandato, em dezembro, e “se aposentar” da política. Aliados do governador, porém, dão como certa sua saída para disputar a eleição. Nesse caso, assume o comando do Palácio Iguaçu a vice-governadora Cida Borghetti (PP), que concorreria à reeleição.
“Já fui prefeito duas vezes, governador do estado duas vezes, não tenho grandes ambições na vida pública. Cumpri com a minha missão”, disse o governador. “Está aí um estado com melhores condições financeiras, melhor situação fiscal do Brasil, um canteiro de obras. Fiz o que podia ser feito”, afirmou Richa após a solenidade de inauguração da nova sede do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.
A alegação de Richa para a dúvida é que seu governo estaria “no melhor momento”, com muitas obras em andamento. “Nunca fui afobado nessas questões. Tenho que pensar mesmo sobre me desincompatibilizar com o governo no melhor momento. São muitas obras, amanhã vou para o sudoeste dar uma ordem de serviço para obras, contornos rodoviários. Tem o novo IML de Londrina, serviço de duplicação da PR-445. Isso que me leva a pensar um pouco. Se eu fico posso estar encerrando a minha trajetória política sem disputar a eleição”, alegou o governador.
Apesar do suspense mantido por Richa, em entrevista à rádio Banda B, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), disse ter certeza de que o tucano será candidato ao Senado. “Tenho convicção que ele vai se desincompatibilizar e disputar uma cadeira no Senado”, garantiu Romanelli.
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