O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região – tribunal de segunda instância da Lava Jato -,
desembargador federal Thompson Flores, assinou nesta sexta-feira a exoneração do juiz federal Sérgio Moro. O magistrado deixa a toga a partir de segunda-feira, 19, para assumir o superministério de Justiça e Segurança Pública do Governo Jair Bolsonaro.
No documento apresentado ao tribunal, Moro relata que aceitou assumir o ministério em janeiro e cita as críticas de sua participação na transição enquanto ainda permanecia oficialmente como juiz federal. “Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo”, afirmou.
Segundo Moro, a decisão de permanecer na magistratura até a posse seria para dar cobertura previdenciária aos seus familiares em “caso de algum infortúnio”.
“Destaco meu orgulho pessoal de ter exercido durante 22 anos o cargo de juiz federal e de ter integrado os quadros da Justiça Federal brasileira, verdadeira instituição republicana”, finalizou Sergio Fernando Moro.