Tony Garcia nocauteia
No começo da década de 90, quando disputou uma vaga no Senado com o poderoso banqueiro José Eduardo Andrade Vieira, o Homem do Chapéu, o então jovem e belo Tony Garcia distribuía socos num saco de areia, como se tivesse forças para nocautear todo mundo. Com essa brincadeira, criada pela cabeça do genial Jamil Snege, quase derrotou o dono do Bamerindus.
Segredos…
Agora, revela fatos que guardou por muito tempo a respeito ex-amigo de infância, Beto Richa, e nocauteia o grupo inteiro, com áudios comprometedores e suas entrevistas sem pudor. A maior mágoa de Tony vem de um dia de fevereiro de 2014 quando entrou no gabinete do governador e deixou-o ouvir o diálogo entre Deonilson e o representante do grupo Bertin a respeito da licitação da PR-323.
Vai dar m…
Tony teria aconselhado Beto a cancelar a licitação. “Isso vai dar m…”, afirmou. O governador e seu assessor deram de ombros porque, presume-se, já haviam firmado o “compromisso” de dirigir a licitação para a Odebrecht. Vale sempre o velho ditado: nada pior do que ter como inimigo um ex-amigo. Ou algo assim.
Aliado investiga aliado
Na política, a primeira frase que se ouve de um grupo aliado quando o outro grupo aliado cai em desgraça é: “Nós não temos nada a ver com isso”. A segunda frase, ainda no terreno interno, é: “Vamos esperar um pouco para ver se as coisas se acalmam”. A terceira frase, diante do escândalo bombando, e ainda em privado, já vira sentença: “Se nós não participamos de nada, não temos obrigação de ficarmos com o desgaste. Vamos ter que agir rapidamente para não sermos atingidos”.
Beto sozinho
A família Barros e o grupo do governador Beto Richa – que desde quinta-feira vem sendo alvo de denúncias de tráfico de influência e manipulação de licitações públicas – já cumpriram todo o ritual do afastamento. Falta pouco, muito pouco, para a governadora Cida Borghetti declarar que nunca, mas nunca nessa vida participou de qualquer decisão do governo do qual foi parte nos últimos três anos. E, assim, o ex-governador Beto Richa estará sozinho na arena.
No mais provável cenário da disputa presidencial, em vigor neste momento, o direitista Jair Bolsonaro (PSL) aparece como líder da pesquisa CNT/MDA divulgada no início da tarde dessa segunda-feira. Sem Lula, Joaquim Barbosa e Michel Temer entre os nomes submetidos aos entrevistados, ele aparece com 18,3%, à frente de Marina Silva (Rede), com 11,2%. No entanto, numa eventual disputa entre os dois no segundo turno, há empate técnico. Deve-se atentar para o detalhe importante: a soma de brancos, nulos e indecisos representa 46% dos eleitores. O senador paranaense Alvaro Dias, embora com baixo porcentual, mantém-se na quinta posição em praticamente todos os cenários. Confira: