A Polícia Federal de Cascavel cumpriu ontem três mandados de busca e apreensão relacionados ao crime de tráfico internacional de pessoas na qual Maria Conceição Queiroz, a Maria Paraguaia, é acusada.
Ontem, o delegado Mário Cesar Leal Junior, responsável pelas investigações, concedeu uma entrevista coletiva para falar a respeito do caso. Segundo ele, documentos, objetos e celulares foram apreendidos na casa de Maria Paraguaia. Buscas também foram feitas na residência do casal que “comprou” o menino de pouco mais de dois anos e por conta de um entrave na documentação decidiu devolvê-lo.
“Uma terceira pessoa que tem suspeita envolvimento no caso específico desse menino também está sendo investigada e buscas foram feitas na residência dela. Encontramos diversos documentos, vamos verificar se há de fato ligação com o caso, se há fraude na documentação e se existem outros envolvidos”.
Parentesco
Questionado em relação a um possível grau de parentesco entre o menino e a adolescente de 17 anos encontrada na casa de Maria Paraguaia, o delegado disse que isto deve ser esclarecido. “Vamos ouvir novamente a acusada, ela disse à imprensa que ela é mãe do menino, mas precisamos confirmar o que ela disse. A princípio não está confirmado pela Polícia do Paraguai o parentesco entre os dois”.
Diligências
O delegado falou ainda sobre as declarações do suposto pai do menino à imprensa paraguaia. Segundo ele, tudo está sendo acompanhado de perto. “No país vizinho as diligências são feitas pela Polícia do Paraguai, inclusive com o interrogatório dos familiares das vítimas”.
Sobre o depoimento do marido de Paraguaia, Leal disse que muita coisa foi esclarecida. “Não podemos repassar o conteúdo pois ainda estamos em investigação”, comentou o delegado que salientou que o inquérito tem prazo de 15 dias, a partir da data da prisão de Maria Paraguaia, podendo ser prorrogado por mais 15.