Cascavel – O mês de julho foi o mais seco que se tem conhecimento, de acordo com o Instituto Meteorológico Simepar. Na região oeste do Paraná, choveu apenas 1,4 milímetro. E a sequência de dias sem chuva foi um dos fatores que fizeram com que o número de incêndios em vegetação disparasse. Em agosto choveu mais.
Segundo o Instituto, 73,6 milímetros na região, quando a média é 88 milímetros para o mês. Mesmo assim, com a temperatura em alta e o sol rachando, a estatística de incêndios só cresce.
De acordo com relatório online do Corpo de Bombeiros, na região oeste do Estado os registros deste ano – até a tarde de ontem – quase superam a estatística do ano passado. Foram 591 na região em 2017 e em 2018 já foram 488. Ou seja: 82% do total.
Já em todo o Paraná já ultrapassou: foram 6.151 incêndios em vegetação registrados neste ano, superando todos os casos atendidos pelo Corpo de Bombeiros nos 12 meses do ano passado: 5.011.
Na tarde de ontem, uma grande área de vegetação pegou fogo em Cascavel. O local fica perto de torres de transmissão e era de difícil acesso para os bombeiros. A fumaça tomou conta do local e foi necessário apoio de outro caminhão para que o combate fosse realizado porque, com a força do vento, as chamas se espalharam rapidamente.
“Quase todos os incêndios são causados por ação humana. As pessoas continuam com a cultura de colocar fogo em terrenos baldios para limpeza, por exemplo. Com o tempo seco, a topografia e a velocidade do vento, isso acaba se espalhando, perdendo o controle rapidamente e causando todo um transtorno, tanto para a população quanto para o meio ambiente”, avalia a tenente Marcela Schwendler, responsável pelo setor de Relações Públicas do 4º GB (Grupamento de Bombeiros).