Cascavel – Um estudo divulgado em novembro passado, pelo Ministério da Justiça, revelou números surpreendentes sobre o número de mulheres presas no Brasil. Entre 2000 e 2014, a população carcerária feminina no País aumentou 567%, bastante superior ao número de homens presos no período: 220%.
Segundo o levantamento, as mulheres representam cerca de 6% da população carcerária brasileira, o que corresponde a aproximadamente 37 mil presas. Na cadeia pública de Cascavel, a realidade se aproxima do panorama nacional. Dos 483 presos no local, 13%, ou seja, 63 eram mulheres.
Muitas dessas mulheres foram presas por assumirem o negócio dos companheiros. Com o marido ou namorado detido, elas passam a comandar o tráfico de drogas e acabam com o mesmo destino: a prisão. Outras vão parar atrás das grades justamente ao tentar ajudar os cônjuges, tentando repassar drogas e celulares para a carceragem.
Com objetivo de valorização destas mulheres, o Ceebja (Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos) Wilson Antônio Neduziak, em parceria com Conselho da Comunidade, Pastoral Carcerária e Cáritas, promoveu na segunda-feira (7) uma palestra para as detentas da 15ª SDP (Subdivisão Policial). A atividade foi realizada em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8).
Na manhã desta quarta, as presas participarão de um workshop de maquiagem e de uma palestra com o tema Mulher como esteio da família. O principal objetivo destas atividades é resgatar a autoestima das presas, além de buscar uma aproximação com a sociedade, com vista na facilitação da reinserção social.
