Após denúncias de agressões e abusos de autoridade na GM (Guarda Municipal) de Cascavel, desta vez a acusação é outra. Um servidor que já atuou como ouvidor no órgão acusa o diretor da GM, Coronel Avelino Novakoski, de interferir em denúncias que chegavam até a ouvidoria.
Em um documento ao qual a reportagem do Jornal Hoje News teve acesso, o servidor afirma que além das condições precárias para receber denúncias, como a falta de um número específico para isso, algumas situações eram encaminhadas diretamente ao diretor da Guarda, sem passar pela ouvidoria, que as encaminharia à corregedoria para investigação.
“Alguns denunciantes eram orientados a se dirigir diretamente à sala do diretor, sem passa pela ouvidoria (…) há certa parcialidade em condução e indicação de processos com alguns servidores”, afirma o denunciante no documento.
Ele cita ainda que de acordo com a legalidade o diretor não poderia interferir na corregedoria. “É uma instituição independente, sem poder de receber interferência, o que não acontece em nossa corregedoria só pelo fato de o diretor insistir em manter uma pessoa inabilitada no cargo de corregedor”, complementa o denunciante.
O documento teria sido entregue aos vereadores da Comissão de Segurança Pública e Trânsito. O recebimento do documento foi confirmado pelos vereadores, que agora devem encaminhar a denúncia ao Ministério Público e à Polícia Civil.
Sem resposta
A reportagem do Jornal Hoje News tentou contato com o denunciante, mas não houve retorno. Também não houve sucesso no contato por telefone com o diretor da Guarda, Coronel Avelino Novakoski. O teor da denúncia foi enviado à Prefeitura, que também não se pronunciou.
Outra denúncia
Os Vereadores da Comissão de Segurança Pública e Trânsito já apuram denúncias com o mesmo teor trazidas pelo Sismuvel (Sindicato dos Servidores Municipais de Cascavel) sobre possíveis irregularidades na contratação do corregedor da GM e também na diferenciação de tratamento da corregedoria em casos envolvendo servidores.
Neste caso, a Prefeitura nega a irregularidade, assim como o diretor da Guarda, Coronel Avelino Novakoski. A Secretária de Políticas sobre Drogas e Proteção à Comunidade, Rosely Vascelai, já foi oficiada, mas ainda não respondeu aos vereadores. De acordo com a Prefeitura o documento foi recebido dia 18 e ela têm 20 dias para se manifestar.