Foz A posse dos suplentes ontem na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu foi marcada por protestos dos moradores. Eles gritavam palavras de ordem e exibiam faixas com a palavra vergonha. Os suplentes ocupam o lugar dos vereadores presos durante a Operação Pecúlio.
Os manifestantes também usaram narizes de palhaço para protestar contra as suspeitas de corrupção no Legislativo da cidade. Após a cerimônia de posse, a sessão foi aberta, mas em seguida suspensa e remarcada para hoje, às 9h.
O pedido foi do vereador Nilton Bobato (PCdoB) para que os suplentes possam ter total conhecimento das matérias que serão discutidas. Entre elas, o orçamento do município para 2017 e alterações no Código Tributário. A previsão do orçamento de Foz é de R$ 850 milhões.
A última sessão ordinária do ano já havia sido suspensa na última sexta-feira, um dia após a prisão de 12 dos 15 vereadores por falta de quórum. Dos 12, seis foram reeleitos. Também ontem os presos temporários na quinta fase da Operação Pecúlio saíram da Penitenciária de Foz do Iguaçu.
O último a ser liberado foi o vereador Zé Carlos (PMN). Foram liberados ainda os ex-secretários Chico Noroeste, João Matkievics e o empresário e ex-secretário de Obras de Cascavel, Paulo Gorski e o filho Paulo Trento Gorski.
O empresário Inácio Colombelli foi o único que saiu devido a um problema de saúde. Todos esses vão responder o processo em liberdade. Já o ex-diretor de Saúde, Geraldo Biesek, vai permanecer mais três dias na prisão, pois se apresentou após o prazo solicitado pela polícia.
Ao todo 19 pessoas continuam em prisão preventiva, entre eles dez vereadores. Apenas um mandado judicial não foi cumprido. O advogado Túlio Bandeira agora é considerado foragido pela Justiça.
