Cotidiano

Venda de ativos do Yahoo é adiada para o segundo trimestre

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NOVA YORK – O grupo de internet americano Yahoo afirmou nesta segunda-feira que o fechamento do acordo para vender seus ativos-chave à gigante das telecomunicações Verizon foi postergado por alguns meses. A empresa havia anunciado no ano passado sua intenção de comprar até o fim de março as atividades de publicidade on-line do Yahoo e suas páginas de internet como Yahoo Mail e Yahoo News por US$ 4,8 bilhões.

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A conclusão do acordo foi postergada até o próximo trimestre, segundo confirmou a companhia ao divulgar resultados anuais, que mostraram lucro de US$ 162 milhões nos últimos três meses de 2016.

Analistas especulavam há meses sobre a possibilidade de uma renegociação dos termos da operação e inclusive de seu cancelamento, após a revelação de vários ciberataques enormes contra o Yahoo.

A companhia anunciou em setembro passado que, em 2014, piratas da web haviam roubado dados pessoais de mais de 500 milhões de contas de usuários e, em dezembro, emergiu a notícia de outro ataque, em 2013, que afetou a bilhões de usuários.

A diretora-executiva do Yahoo, Marissa Mayer, se esforçou nesta segunda-feira em convencer a Verizon da legitimidade da aquisição. Ela insistiu sobre a fidelidade dos usuários apesar dos vazamentos de dados e afirmou que via nos bons resultados a prova de que ?as oportunidades que temos diante de nós com a Verizon parecem brilhantes?.

? Nossa maior prioridade é continuar melhorando a segurança para nossos usuários ? sustentou Mayer.

A comissão reguladora do mercado acionário nos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission, SEC) abriu uma investigação para ver se o Yahoo informou previamente aos inverstidores sobre os vazamentos de informação, segundo relatou o jornal ?The Wall Street Journal?, citando fontes próximas ao assunto.

As leis americanas obrigam as companhias que são vítimas de ciberataques a revelar quando considerarem que o episódio pode afetar a cotização de ações. A investigação da SEC se concentra em descobrir por que o Yahoo demorou tanto tempo em revelar os ataques de 2013 e 2014, ainda que o órgão não tenha decidido que entra ou não com ação judicial, de acordo com o jornal.