Cotidiano

'Uma execução é sempre chocante', diz marido de médica morta na Linha Vermelha

medicamorta.jpg RIO – O cirurgião plástico Renato Palhares, viúvo da médica Gisele Palhares Gouvêa, de 34 anos, assassinada no último sábado, na Linha Vermelha, falou sobre a morte da mulher durante o programa de Fátima Bernardes, na TV Globo. Ele afirmou que pretende continuar o trabalho da mulher, e comentou a investigação da polícia sobre uma possível execução. Links_médica_morta

– Uma execução sempre é chocante – disse o médico, que afirmou ainda que chegou a tentar convercer a mulher a comprar um carro blindado:

– Ela nasceu lá em Nova Iguaçu, ela gostava da região. Ela achava que aquilo ia libertar ela de todas as maldades humanas. Eu tentei convencê-la a comprar um carro blindado, mas foi em vão. Ela gostava muito do carrinho dela.

Renato Palhares esteve na Delegacia de Homicídios da Baixada na terça-feira e prestou depoimento. A mãe e a irmã de Gisele também conversaram com os policiais. O delegado titular da especializada, Giniton Lages, quis saber dos parentes como era a rotina da médica e, principalmente, por onde ela passou no dia do crime.

Policiais civis da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) já trabalham com a possibilidade de a médica ter sido vitima de uma execução. Segundo os investigadores, que na terça-feira tiveram acesso às imagens mostrando o momento em que a vítima foi abordada e morta no acesso da Rodovia Presidente Dutra para a Linha Vermelha, os criminosos não pareciam ter a intenção de praticar um assalto.

Segundo a polícia, eles deixaram no carro os pertences da vítima e cerca de R$ 3 mil, que ela havia sacado para comprar um celular novo. Os agentes lembraram, no entanto, que outras hipóteses, como latrocínio (roubo seguido de morte), não foram descartadas.

O crime aconteceu por volta das 19h. A médica tinha saído da Clínica da Família de Vila de Cava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde trabalhava, e seguia para a Barra da Tijuca, onde morava, quando foi abordada. As imagens obtidas pela polícia revelam que a vítima foi seguida desde a Rodovia Presidente Dutra. Investigadores não sabem ainda quantos criminosos participaram da ação. Quatro disparos acertaram o carro, e pelo menos um tiro atingiu a médica na cabeça. Gisele chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.

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