Cotidiano

Trump volta a cobrar veto a muçulmanos e diz que atirador 'nasceu no Afegão'

MANCHESTER, New Hampshire, EUA – Após uma série de ataques aos rivais democratas por conta do ataque que matou 49 pessoas na boate gay Pulse, em Orlando, o magnata Donald Trump voltou a prometer a proibição à entrada de muçulmanos nos EUA caso eleito presidente. Numa fala em manchester, New Hampshire, ele voltou ainda a atacar Hillary Clinton por suas posturas diante do terrorismo, afirmou que não abrirá mão da resposta armada a agressores e ainda cometeu uma gafe: disse que o atirador Omar Mateen “nasceu no Afegão”, em referência ao Afeganistão, terra dos pais do terrorista.

No discurso, Trump voltou à carga contra a imigração muçulmana. Semanas antes, ele havia dito que a proposta de barrar a entrada de muçulmanos “foi apenas uma sugestão” após ser duramente criticado pela opinião pública americana.

— Precisamos responder com força, propósito e determinação. Precisamos parar a imigração muçulmana. O pai do atirador é a única razão para este assassino estar em nosso país. O atirador nasceu no Afegão — criticou.

De acordo com Trump, as políticas atuais “beneficiam os interesses especiais de alguns” e deixam o país exposto.

— O Islã radical está chegando aos nossos pés. Suspenderei a imigração de lugares de lugares onde há um histórico provado de terrorismo contra os EUA. Quando eu entrar, isto será mudado rapidamente. Saindo do totalmente incompetente para o contrário.

Depois do ataque, onde chamou a entrada de muçulmanos de “cavalo de troia”, e da gafe, Trump disse que Hillary “quer tirar nossas armas”.

— Hillary irá deixar as pessoas nos massacrarem dentro de nosso país apenas para se divertirem — acusou, antes de dizer que é amigo da comunidade LGBT. — Hillary não pode dizer que é amiga da comunidade gay enquanto apoiar políticas migratórias que trazem terroristas islâmicos ao nosso país.

No domingo e na segunda-feira, Trump fez uma série de comentários acusando Hillary e o presidente Barack Obama de serem complacentes com o radicalismo islâmico. Ele chegou, um dia após o massacre, de acusar Obama de “cumplicidade” e pediu que ele renunciasse.

— Somos liderados por um homem que ou não é firme, ou não é esperto, ou que tem alguma outra coisa em mente. Alguma coisa está acontecendo — acusou o magnata.