Cotidiano

Temer diz que vai fazer análise ?caso a caso? de citados em delação da Odebrecht

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BRASÍLIA – O presidente da República, Michel Temer, afirmou, em entrevista à Rádio CBN, que vai analisar “caso a caso” a situação de integrantes de seu governo que venham a ser citados na delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht.

? Vou examinar caso a caso. Mesmo aqueles ministros do governo interino que deixaram o cargo foi porque houve menções e eles pediram para sair. Quando há em uma delação a menção, isso é um problema politico, não jurídico ou criminal, que só vem depois, com a investigação. Eu examinarei caso a caso ? afirmou Temer.

Ele defendeu ainda o ministro do Turismo, Marx Beltrão, que tomou posse mesmo sendo réu em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

? O caso do ministro do Turismo é diferente. Ele era prefeito de uma cidade pequena e os funcionários remeteram uma guia de recolhimento da previdência e não remeteram o pagamento. O promotor de primeira instância denunciou e, quando foi denunciado, eles quitaram a divida. Veio para o Supremo porque ele foi eleito deputado, mas há inúmeros pareceres e acórdãos dos atuais ministros do Supremo de que quando há delito dessa natureza e é feito o pagamento, se elimina a pena. Foi por isso que acabei nomeando ? disse o presidente.

Temer afirmou que aceitará uma eventual decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação da chapa que formou com a ex-presidente Dilma Rousseff, mas que fará recursos e questionamentos jurídicos para que a análise seja feita de forma separada.

? Se o TSE entender que deve cassar a chapa, eu vou obedecer, fazendo os recursos necessários. Mas eu tenho sustentado a absoluta diferença da figura de presidente e vice em termos constitucionais ? afirmou.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Também na entrevista, o presidente afirmou que, se não for a realizada uma reforma da Previdência há a possibilidade de que haja falta de recursos para pagar benefícios em dez anos.

? Todos os dados que chegam à minha mesa são de que se não fizer alguma coisa nessa direção daqui a 10 anos o cidadão vai bater nas portas do poder público e não tem dinheiro para pagar ? disse.