Cotidiano

Suspeito de explosões é indiciado por uso de armas de destruição em massa

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NOVA YORK ? O suspeito pelas explosões em Nova York e Nova Jersey no fim de semana foi indiciado por autoridades federais por uma série de crimes. Promotores do Estado americano acusaram Ahmad Khan Rahami de bombardear um local de uso público e colocar e detonar armas de destruição em massa, entre outros. Ele já havia sido acusado de tentativa de assassinato durante o tiroteio que o levou a ser preso.

RAHAMI ACUSAÇÃO

Na detenção, Rahami recebeu cinco acusações de tentativa de homicídio qualificado e duas acusações de uso de arma. O prefeito de Nova York classificou a explosão que feriu 29 pessoas no movimentado bairro de Chelsea, em Manhattan, de ?um ato de terror?.

Rahami também é suspeito de ter plantado uma bomba que explodiu em uma praia de Nova Jersey no sábado, de ter deixado um artefato encontrado perto da detonação em Nova York e de ser o dono de até seis outros dispositivos localizados perto da estação de trem de Elizabeth na noite de domingo.

A mulher do homem apontado como o suspeito foi detida nos Emirados Árabes, revelou o “New York Times”. De acordo com a CNN, ela coopera com autoridades americanas no local. Asia Bibi Rahami deixou os Estados Unidos dias antes dos ataques, levantando suspeitas de cumplicidade. Rahami, de 28 anos, foi preso na segunda-feira em Linden, no estado de Nova Jersey, após uma troca de tiros com policiais. rahami

Durante a terça-feira, autoridades vinham trabalhando com o governo do Paquistão e dos Emirados Árabes para obter informações sobre a mulher, de nacionalidade paquistanesa. Horas depois, autoridades americanas confirmaram que ela está em território emirati e colabora com as autoridades. Até o momento, disse a CNN, ela não foi acusada de cometer qualquer crime.

Rahami e a mulher se casaram em julho de 2011, no Paquistão, quando ele viajava ao local. Segundo investigadores, ele pediu no mesmo ano um visto de residência para a mulher nos EUA. Segundo o congressista Albio Sires, que recebeu apelos de Rahami para intermediar a questão, ela teve problemas burocráticos envolvendo o passaporte dela e o nascimento de seu filho. Ele afirmou não saber os desdobramentos da história.

Investigadores procuram pistas que expliquem o motivo dos ataques no fim de semana e para determinar se Rahami, um cidadão americano nascido no Afeganistão, teve cúmplices ou se radicalizou no exterior. Segundo relatos de amigos, ele teria mudado de comportamento após voltar de viagens ao Afeganistão e Paquistão, passando a frequentar mesquitas.

Embora as autoridades não tenham fornecido muitas informações sobre Rahami, a CNN, citando fontes de segurança que não identificou, noticiou que o suspeito viajou diversas vezes ao Afeganistão e ao Paquistão nos últimos anos, incluindo uma estadia de um ano em território paquistanês até março de 2014.

Fontes de segurança americanas confirmaram que o suspeito passou por uma verificação secundária depois de voltar de viagens ao exterior nos últimos anos e que foi liberado em todas as ocasiões.USA-ATTACKS_-GON2TU1LU.1.jpg

As explosões e a caçada humana subsequente levaram a um reforço no esquema de segurança da maior cidade dos Estados Unidos, já em alerta devido à presença de líderes mundiais para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana. Mil agentes adicionais foram convocados.

O jornal “New York Times” disse que ainda não se encontrou nenhum indício de que Rahami recebeu treinamento militar fora dos EUA, mas disse que agentes do FBI estão tentando determinar se suas ações foram guiadas por militantes do Estado Islâmico ou qualquer outra organização terrorista.