WASHINGTON – Com apenas um voto contrário, o Senado votou para dar aval à governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, como nova embaixadora dos EUA na ONU. Filha de imgirantes indianos, Haley é respeitada por republicanos e democratas e assume o cargo num momento em que a função foi elevada a nível ministerial.
Haley não tem experiência em política externa. No cargo, representará o governo de Donald Trump em negociações no Conselho de Segurança especialmente com a Rússia, antagonista de Barack Obama.
Em sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nikki classificou as ações russas na Síria, como bombardeio a hospitais, como ?crimes de guerra?. Ela também condenou a anexação da região ucraniana da Crimeia e disse que oporia ao alívio das sanções sobre o governo de Vladimir Putin até que Moscou mude de posturas.
? Acho que a Rússia deveria ter ações positivas antes de suspendermos quaisquer sanções sobre ela ? defendeu. ? Não acho que podemos confiar nela. Temos que continuar a ser muito fortes e mostrar-lhe o que essa nova gestão será.
A indicada à ONU não defendeu o recuo do acordo internacional nuclear com o Irã, apoiado pela ONU, embora tenha dito que o pacto precisa ser revisto.
Sua falta de experiência diplomática gerou críticas. A republicana de 45 anos atuou como governadora da Carolina do Sul desde 2011. Ela, no entanto, reforçou críticas a ONU feitas por Trump e muitos republicamos, especialmente pela postura ?enviesada? a respeito de Israel. Alguns legisladores republicanos querem que os Estados Unidos parem de financiar a ONU depois de uma resolução do Conselho de Segurança no último mês que exigiu o fim da construção de assentamentos na Palestina. Os EUA se recusaram a vetar e se abstiveram do voto. Nikki afirmou que não gosta de abstenções e não desistiria de votos na ONU.
? Se sempre ficarmos ao lado deles (Israel), mais países vão querer ser nossos aliados ? afirmou.
