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'Segurança continua sendo a nossa prioridade', diz diretor de comunicação do Comitê Rio-2016

O porta voz do COI, Mark Adams, e o diretor de comunicação do Comitê Olímpico Rio-2016, Mario Andrada, participaram de uma conferência na manhã desta quinta-feira, no centro de mídia das Olimpíadas, na Barra da Tijuca. E o assunto segurança esteve no centro das atenções. Episódios como o ataque a um ônibus que transportava jornalistas e, ainda mais grave, a um grupamento da Força Nacional de Segurança, na Maré, foram questionados principalmente pela imprensa estrangeira.

– A segurança continua sendo a nossa prioridade. O efetivo militar já aumentou e isso é visível. As pessoas podem não ver, mas muitos agentes de inteligência estão espalhados em várias área de competição. Sobre os solados (atingidos na Maré), eles não eram do Rio e acabaram em uma área onde não deveriam estar, de responsabilidade de outro grupo de segurança. A Força Nacional está fazendo um trabalho excelente. Precisamos estar focados, que é diferente de estarmos preocupados – afirmou Andrada. – No caso de Deodoro, todos os comandantes confirmam que foi uma pedra. Jogada por uma criança ou um adolescente. Há evidências científicas que não foi por arma de fogo. Vamos garantir que todas as informações estejam disponíveis. E todos os ônibus que saem agora de Deodoro para a Barra estão sendo escoltados – garantiu o diretor de comunicação.

Ainda em Deodoro, outra questão foram encontrados próximos às arenas do complexo.

– Há um batalhão localizado em Deodoro, que é uma área militar. A tensão da mídia é porque há várias operações acontecendo ali. E ouviu-se disparos. Mas era um treinamento. A primeira bala teria vindo a dois quilômetros de distância e chegou na tenda de baixa velocidade, confirmando que a instalação não era o alvo.

Ontem (quarta) de manhã a polícia fez uma operação nessa comunidade e foi feita uma prisão. Mas ainda não se confirmou tratar-se da arma do disparo. Na segunda situação foram disparos contra a polícia, e a bala terminou num local próximo aos estábulos. Chegando ali com uma velocidade que não condizia com ser este local o alvo. As operações estão acontecendo ali na região, mas devem permanecer confidenciais, para não comprometê-las. E os comandantes responsáveis pela região dizem que os incidentes não se repetirão. Inclusive uma revisão foi conduzida, hoje de manhã. Tanto o COI quando a Rio-2016 estão presentes em Deodoro para garantir que as pessoas ali estão em segurança – explicou Andrada.

Questionado se o COI está arrependido de levado os Jogos para o Rio, Adams foi taxativo.
– O COI não se arrepende de jeito nenhum. A atmosfera está incrível. Estes jogos olímpicos serão vistos como um grande marco. Foram os primeiros da América do Sul e isso é muito importante para o movimento olímpico. Todos os Jogos apresentam problema. Mas os brasileiros vêm lidando bem com essas dificuldades. O importante são as competições, que estão fantásticas e maravilhosas. Em termos de segurança, tratamos com a mais alta prioridade. Mas deixamos isso nas mãos de pessoas cujo o trabalho é esse. Porém, temos um consultor exclusivo trabalhando em segurança como nosso representante – avaliou o porta-voz.

Outro problema abordado foi em relação à água esverdeada do Parque Maria Lenk.

– Não há nenhum risco à saúde dos atletas por causa da água. Poderíamos ter clareado a água, assim que o problema de alcalinidade foi identificado, usando produtos químicos, mas não o fizemos para não colocar a saúde dos atletas em risco. A chuva ontem (quarta) fez o processo demorar um pouco, mas amanhã a água deve voltar a ficar azul. A cor está melhorando – prometeu Andrada.