Variedades

Se os homens são tão inúteis, por que temos filhos com eles?

Existe uma blogueira que não sei por quê ainda leio. Porta-voz das mães solteiras, o tema é criar filhos, às vezes com uma minguada pensão, o mínimo que sobrou daquele inútil com quem tiveram filhos.

Aí eu penso: por que tiveram filhos com os inúteis se sabiam disso?

Depois os homens preferem estar com homens e a gente não sabe o porquê. Para não ouvir esse comentário já é um argumento. É triste escutar uma mulher falar mal de homem tendo ela mesma um projeto de macho debaixo do braço, desdém que pode levar um menino a menosprezar a si próprio, protótipo de inutilidade que passou a infância ouvindo a mãe amaldiçoar o sexo oposto.

Mulher ter filho sozinha e reclamar do fardo é um quadro endêmico em nossa era. A mulherada dispensa homem mas não a maternidade, uma forma de colocar mais homem no mundo além de meninas que já crescem com raiva deles. Tem cara irresponsável por aí, mas tem gente legal também, e quando uma mulher reclama muito fico pensando: é de homem ou é de tudo? Será que os homens legais sumiram ou não é ela o alvo deles? Porque tem isso: todas querem um príncipe mas nem todas são princesas.

Então ergue a bandeira da produção independente e vai viver a maternidade, às vezes aos trancos e barrancos, mostrando para o filho ou filha o quanto homem é inútil e como ela é guerreira. Tem mulher que faz qualquer coisa para ser mãe, mas não pondera se tem cacife para enfrentar os verdadeiros percalços e dissabores da maternidade sem par. É maravilhoso um filho te abraçar espontaneamente e dizer “te amo” , mas eles crescem, e precisam ser homens antes de ser filhos. E se são os homens tão imbecis assim, não esqueçamos que eles foram educados por nós, mulheres, e que talvez isso os tenham deixado inúteis criados, inclusive, por solitárias guerreiras, mães que não os deixaram lavar suas próprias cuecas nem fritar um ovo. Os homens que vemos hoje são o resultado da sua educação, e isso não significa, necessariamente, que foram criados para serem independentes, muito menos para serem pais, função para a qual são injustamente desqualificados o tempo todo.