Cotidiano

Rio tem 369 agências fechadas no décimo dia da greve dos bancários

2014093081936.jpg RIO – Por conta da greve nacional dos bancários, a cidade do Rio registrou nesta quinta-feira 369 agências fechadas, segundo informou o sindicato da categoria no município. Esse número corresponde a cerca de 25% do total de agências da cidade. Seis prédios administrativos das instituições bancárias também não estão funcionando. Na tarde desta quinta acontece, em São paulo, a terceira rodada de negociação, depois do início da paralisação, entre o comando da greve e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para tentar entrar em um acordo sobre as reivindicações dos grevistas. bancarios_1509

Na última reunião com a Fenaban, realizada terça-feira, dia 13, não houve avanços. Os bancos mantiveram a proposta anteriormente apresentada, de reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$ 3.300,00 ? que havia sido rejeitada pela categoria.

“Diante da insistência da Fenaban em apresentar um reajuste que não cobre nem a inflação do período, a mobilização da categoria ganha força. Não adianta empurrar para a categoria proposta sem valorização salarial. O abono não é incorporado no cálculo de PLR, de férias, de décimo terceiro, de FGTS, nem nos planos de carreira e o salário vai continuar tendo perda do poder aquisitivo”, afirmou em nota o presidente da Confederação nacional dos Tarabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Ontem, nono dia de greve, a adesão nacional do movimento cresceu. De acordo com balanço divulgado pela Contraf-CUT, 12.386 agências, número que representa 53% de todas as agências do país, e cerca de 46 Centros Administrativos permaneceram fechados.

Além do reajuste, os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

Ano passado, a greve nacional dos bancários foi a mais longa da categoria, durando 21 dias corridos. O resultado garantiu melhora na proposta dos bancos, que iniciaram as negociações oferecendo reajuste de 5,5% e, no fim concordaram em conceder 10%, com ganho real de 0,11%.

(*Estagiária, sob supervisão de Andrea Freitas)