Cotidiano

Projeto de combate à evasão escolar chega a 60 cidades

No País, 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola

Capitão Leônidas Marques – A Busca Ativa Escolar – plataforma desenvolvida pelo Instituto TIM e Unicef para mapear crianças e adolescentes fora das salas de aula – completa seu primeiro ano de ação com adesão de 1.111 municípios do Brasil, sendo 67 deles do Paraná.

Outros cinco estados também já participam do projeto: Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás e Amapá. A iniciativa, que já contava com o apoio da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e do Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social), recebe ainda mais um novo parceiro estratégico, o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

“A Busca Ativa Escolar é voltada para crianças e adolescentes menos beneficiados pelas políticas públicas locais. Existem ainda aqueles que estão em situação de vulnerabilidade e que podem deixar de frequentar a escola pela falta de transporte escolar, gravidez na adolescência, trabalho infantil e outros. A ideia é mapear problemas estruturais e conjunturais que impedem o acesso de meninos e meninas a um direito fundamental, à educação, e também tomar ações concretas, de forma intersetorial, para resolver esses problemas”, observa Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef no Brasil.

A iniciativa conecta gestores públicos de diferentes áreas (educação, saúde, assistência social, planejamento, entre outros) e apoia na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola.

Por meio da plataforma desenvolvida pelo Instituto TIM, os profissionais que estão em campo conseguem registrar alertas de evasão escolar em um sistema único. Cada caso é atribuído a um técnico, que vai a campo e faz uma pesquisa aprofundada sobre a criança e sua família. As informações coletadas são encaminhadas a grupos solucionadores, que atuam para resolver o problema que impede a criança de ir à escola e tentar a rematrícula. Ela será acompanhada durante todo o ano letivo, para garantir sua permanência na sala de aula.

A solução potencializa a articulação das diversas áreas do poder público, pois todos têm acesso à mesma base de dados. Ela permite que o município cruze informações, identifique as maiores demandas, classifique-as por bairro ou faixa etária, consulte os casos em aberto e os solucionados. Assim, os gestores contam com mais subsídios para monitorar e tomar decisões.

No Brasil, 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola (Pnad 2015). O problema é mais grave entre as crianças de 4 e 5 anos e adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar na pré-escola e ensino médio, respectivamente. Muitos dos adolescentes de 15 a 17 anos sequer concluíram o Ensino Fundamental quando deixaram a escola.

No marco do primeiro aniversário, outros números também chamam a atenção. Até então, no painel de resultados do sistema de dados da Busca Ativa Escolar, as principais causas apontadas para que crianças e adolescentes estejam fora da escola são a “evasão porque sente a escola desinteressante” e a “falta de documentação da criança ou adolescente” (55% e 12%, em ordem de citação). Espera-se que, com a adesão e engajamento de novos agentes à estratégia, os governos possam aproximar-se cada vez mais de diagnósticos reais e ações concretas para garantir o acesso à escola de milhões de crianças e adolescentes.

Confira as cidades paranaenses que já aderiram ao Busca Ativa, cada um em estágio diferente, pois a adesão ocorre em datas distintas:

Abatiá, Antônio Olinto, Apucarana, Barra do Jacaré, Bituruna, Boa Ventura de São Roque, Braganey, Campina do Simão, Capitão Leônidas Marques, Cerro Azul, Diamante do Sul, Dois Vizinhos, Entre Rios do Oeste, Espigão Alto do Iguaçu, Faxinal, Fernandes Pinheiro, Formosa do Oeste, General Carneiro, Goioxim, Guaíra, Guaratuba, Imbituva, Inácio Martins, Ivaí, Jundiaí do Sul, Laranjeiras do Sul, Marilândia do Sul, Marquinho, Matelândia, Mato Rico, Munhoz de Melo, Nova Aurora, Nova Laranjeiras, Nova Prata do Iguaçu, Ortigueira, Palmeira, Paranaguá, Paranapoema, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Piraí do Sul, Pitanga, Pranchita, Prudentópolis, Ponta Grossa, Porto Barreiro, Porto Vitória, Quarto Centenário, Ramilândia, Rancho Alegre D’oeste, Rebouças, Rio Bonito do Iguaçu, Roncador, Rondon, Santa Cruz de Monte Castelo, Santo Antônio da Platina, São Jorge d’Oeste, São José dos Pinhais, São Mateus do Sul, São Pedro do Paraná, Sengés, Teixeira Soares, Tibagi, Tunas do Paraná, Tupãssi e Virmond.

Proerd formará 650 alunos nesta quarta-feira

Marechal Cândido Rondon – Esta quarta-feira (27) será um dia especial para cerca de 650 alunos rondonenses. Será o dia da formatura dos estudantes do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). O evento será a partir das 19h no centro de eventos e contará com a entrega de certificados aos alunos, além da apresentação da Banda Proerd de Ponta Grossa.

O Proerd é um programa em que policiais militares, fardados, devidamente treinados e com material próprio desenvolvem nos quintos anos do Ensino Fundamental um curso com a finalidade de prevenir o uso de drogas e a violência. O Município tem como instrutoras as soldados Érica Rodrigues e Larisa Chambely Balko.

O Proerd integra o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitário e conta com a parceria das Secretarias de Educação e Mobilidade Urbana, contando com dez lições que abordam temas que reforçam a autoestima e preparam as crianças para lidar com situações de tensão, ajudando a resistir às pressões e a lidar com o bullying e outras formas de agressão, enfatizando a importância de ajudar as pessoas, com segurança e responsabilidade.