Cotidiano

Presença de candidatos agita calçadão de Campo Grande

Candidatos2.jpgRIO – Normalmente movimentado, o calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, ficou ainda mais agitado na manhã deste sábado, com a presença de dois candidatos à prefeitura do Rio.

O primeiro a caminhar pelo calçadão foi o deputado federal Alessandro Molon (Rede). Depois foi a vez do senador Marcelo Crivella (PRB). Apesar do mesmo percurso , os dois não chegaram a se cruzar.

Molon chegou em carro aberto acompanhado de Marina Silva, a porta-voz da Rede Sustentabilidade. A dupla caminhou lado a lado e parou para falar com comerciantes, ambulantes, e os muitos pedestres que estavam no local. Brincaram com filhotes disponíveis para adoção e Marina foi presenteada com uma bolsa de madeira feita pelo índio Timbira Pataxó.

? É uma forma de ouvir as pessoas, sentir quais são as necessidades delas, ainda que a gente saiba. Queremos mostrar que a política não cria problemas, mas ajuda a solucioná-los. Neste contato, você assume um compromisso e se expõe à opinião pública ? explicou Marina.

Crivella pediu para seus assessores para caminhar sem parede de segurança. Parou por três vezes para subir em palanques improvisados.

? O vencedor da Zona Oeste é que o vai vencer a eleição ? vaticinou o senador.

Tanto ele quanto Molon prometeram melhoras na mobilidade de quem vive na Zona Oeste.

? Quem mora na Zona Oeste gasta grande parte do dia, da vida no transporte. É muita gente morando com número pequeno de empregos. Na nossa gestão vamos estimular que haja empregos perto de casa e casa perto do emprego. Isso significa construir moradias no centro da cidade e gerar pólos de desenvolvimento econômico nas regiões estratégicas como aqui, Santa Cruz e Bangu ? defendeu Molon.

Crivella garantiu que vai estender a duração do Bilhete Único ? a atual é de duas horas.

? Aqui na Zona Oeste temos 30% da população e 8% do emprego. Com essa mudança no transporte, as pessoas estão tendo que pegar mais ônibus e tenho ouvido reclamações tanto sobre o tempo de deslocamento quanto o custo da passagem. Vou aumentar o tempo dele em uma hora a mais.

Crivella ainda afirmou que fará evoluções no comércio local. E quer investir nas escolas técnicas.

? Precisa organizar o comércio, que é muito informal. Há falta de estacionamento, de iluminação, de segurança. As pessoas vêm comprar e acabam perdendo a bolsa. Temos que qualificar a mão de obra. Vou lançar uma ideia para o jovem que acabou o colégio e está distribuindo currículo para que ele possa ter acesso ao curso técnico para oficinas, laboratórios. Eles precisam de uma função específica e qualificada.

Molon destacou o incentivo à agricultura local.

? Há uma vocação para a agricultura orgânica que pode abastecer o Rio e gerar emprego.

Ambos comentaram sobre a TransOeste, via expressa que liga a Barra a Santa Cruz e Campo Grande através de Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes.

? A TransOeste é um passo importante, mas precisamos melhorar a malha de trens que pode ser um metrô de superfície custando metade do que custou o metrô da Barra. É factível ? avaliou Molon.

Crivella disse que todas as partes da via precisam da mesma pavimentação.

? Na parte de cá o solo não foi trocado, é flexível, ele está todo calombado, cheio de buraco. As pessoas estão estranguladas como uma lada de sardinha ? criticou.