Cotidiano

Prefeito afirma que estado de calamidade não atrasa compromissos assumidos pelo Rio para os Jogos

Paes diz que compromissos olímpicos do Rio não serão alterados com estado de calamidadeRIO – Logo após o decreto de calamidade pública do estado do Rio feito pelo governador interino, Francisco Dornelles, o prefeito usou sua conta no Twitter para explicar que a cidade vai manter os compromissos olímpicos. “As Arenas (tirando o Velódromo) já foram todas entregues e testadas. Aliás, no prazo e no custo. Tirando o metrô, todas as obras de Legado também são do município e a maioria delas já foi entregue. Gostaria de lembrar também que é a prefeitura do Rio a responsável pela entrega de todas as Arenas dos Jogos.”, escreveu.

Nas publicações, Eduardo Paes ainda reiterou que a prefeitura vive um conforto fiscal e financeiro. “Só para uma vez mais reforçar que a posição da prefeitura do Rio é de absoluto conforto fiscal e financeiro. Continuamos a pagar nossos compromissos em dia. Seja salário de servidores, custeio e os investimentos seguem a pleno vapor”, comentou na rede social. Crise do governo

O DECRETO

O governador interino do Rio Francisco Dornelles decretou nesta sexta-feira “Estado de Calamidade Pública no âmbito da administração financeira”. O decreto foi publicado na segunda edição do Diário Oficial. Na publicação, o governador justifica a medida pela “grave crise econômica que assola o estado”, e diz que a crise está impedindo o Rio de “honrar seus compromissos” para a realização da Olimpíada de 2016.

Com a medida, Dornelles admite que “o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016” fica impedido diante da situação financeira do estado. Ele autoriza “as autoridades competentes” a “adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO DECRETO

“Considerando a grave crise econômica que assola o Estado do Rio de Janeiro, Considerando a queda na arrecadação, principalmente a observada no ICMS e nos royalties e participações especiais do petróleo; considerando todos os esforços de reprogramação financeira já empreendidos para ajustar as contas estaduais; Considerando que a referida crise vem impedindo o Estado do Rio de Janeiro de honrar com os seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016; considerando o que tal fato vem acarretando severas dificuldades na prestação dos serviços públicos essenciais e pode ocasionar ainda o total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental; Considerando que a interrupção da prestação de serviços públicos essenciais afeta sobremaneira a população do Estado do Rio de Janeiro; Considerando que já nesse mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na Cidade do Rio de Janeiro, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto do corrente ano; Considerando, por fim, que os eventos possuem importância e repercussão mundial, onde qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do país de dificílima recuperação; (o governador Francisco Dornelles) DECRETA:

“Art. 1º- Fica decretado o estado de calamidade pública, em razão da grave crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

“Art. 2º- Ficam as autoridades competentes autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

“Art. 3º – As autoridades competentes editarão os atos normativos necessários à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

“Art. 4º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 17 de junho de 2016”.

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