Cotidiano

Pouco desconto nas bombas

Depois de quatro aumentos consecutivos no preço da gasolina em menos de uma semana, para esta terça-feira, conforme a nova política de reajuste da Petrobrás, haverá queda de -0,2% no valor do combustível.

Isso não significa, no entanto, que o consumidor já encontrará um novo valor em todas as bombas de combustíveis. O reajuste da Petrobrás é valido para a negociação entre distribuidoras e empresários, que têm a liberdade para definir a política de preço.

A disputa acirrada entre diferentes estabelecimentos reflete em uma diferença nos valores praticados entre os combustíveis da cidade, e na última semana houve variação de R$ 0,17 entre concorrentes.

O Sindicombustíveis-PR não concorda com a nova política de preços da Petrobras, com alterações até mesmo diárias nos preços.

“Os aumentos consecutivos prejudicam consumidores, postos e a sociedade como um todo, uma vez que os combustíveis são fundamentais para movimentar a economia”, afirma em nota o Sindicato.

De acordo com a nota, “seria mais apropriado que a Petrobras realizasse alterações de preço com frequência menor, o que traria mais estabilidade ao mercado e melhores condições para o País sair da estagnação”.

Dificuldade

O Sindicombustíveis-PR reconhece que no caso da revenda há muita dificuldade, devido à interrupção do planejamento de cada posto de combustíveis.

“Os postos compram os combustíveis das empresas distribuidoras, e não diretamente das refinarias. Desse modo, é importante reforçar que altas e baixas dependem do repasse das companhias de distribuição”, esclarece o Sindicato em nota.

Diante da variação mais frequente de preços, o Sindicato alerta com base em pesquisas de mercado que “em geral as tendências de baixa são repassadas pelas distribuidoras aos postos de forma lenta, em menor escala ou simplesmente não são repassadas”.

Instantâneo

Já em relação à alta no valor do combustível, os acréscimos são aplicados de maneira instantânea pelas empresas de distribuição e repassados aos postos.

“Vale salientar ainda que, diante do cenário recessivo, a maioria dos postos tem trabalhado com estoques baixos e abastecimento diário”, finaliza em nota o Sindicombustíveis-PR.

De acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) o valor média do litro da gasolina entre 15 a 21 de outubro foi de 4,04. O preço o mínimo na cidade chegou a R$ 3,89 e o máximo a R$ 4,15.