Cotidiano

População pode enviar perguntas para a sabatina de Moraes no Senado

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RIO ? O Senado criou um espaço em seu site para que qualquer pessoa interessada envie uma pergunta para a sabatina que avaliará a indicação do ministro licenciado da Justiça, Alexandre Moraes, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na audiência, que ocorrerá na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 22 de fevereiro, Moraes terá que responder perguntas de senadores. Alexandre Moraes – 09.02

Para enviar a pergunta, é necessário se cadastrar na página do Senado. Também é possível deixar apenas um comentário sobre a nomeação.

As perguntas já podem ser feitas, e ficam disponíveis na página. Alguns dos questionamentos enviados incluem dúvidas sobre a posição de Moraes em relação à prisão de condenados em segunda instân cia, decidida pelo STF, em 2016, e ao fim do foro privilegiado. Também há perguntas sobre a tese de doutorado do ministro licenciado, em que ele defendeu que quem exerce cargo de confiança no Poder Executivo, como é seu caso, não deveria ocupar um assento no Supremo.

INDICADO FAZ MARATONA NO SENADO

Alexandre de Moraes retomou nesta quinta-feira a maratona pelo Senado. Ele disse que pretende conversar com os 81 senadores.

Nas conversas, o indicado pelo presidente Michel Temer debateu e antecipou o que pode responder em pontos sensíveis de sua biografia. Uma preocupação é o fato de ter sido advogado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso no âmbito da operação Lava-Jato. Em conversa com tucanos, Moraes disse haver um ?preconceito? contra os advogados, que seriam parte fundamental do tripé do sistema jurídico, ao lado do Ministério Público (MP) e dos juízes.

? O MP acusa, o juiz julga e o advogado defende. Se fosse o (procurador-geral da República) Rodrigo Janot indicado, todo mundo adoraria. Se fosse o juiz Sérgio Moro, poderia sem problema, todo mundo ia achar bom. Mas, se é um advogado, é prejudicial. Esta visão não está correta ? defendeu Moraes.

Moraes lembrou ainda que sua origem é o Ministério Público, área considerada intocável hoje em função da Lava-jato. Sobre ataques da oposição, o futuro ministro foi aconselhado a não cair em pegadinhas ou provocações