Nos supermercados, a venda de pescados ainda está tímida, mas o gerente Cesar Pegoraro garante que é por conta do feriadão de Carnaval. “Nesta semana a venda de peixes ainda está devagar, principalmente devido ao feriado. Mas, com a chegada da Quaresma, a expectativa é de que a partir da semana que vem a procura seja bem maior”, diz.
E na espera de mais clientes o jeito é garantir o produto. Neste supermercado há peixes para todos os gostos e bolsos. Os preferidos são os de maior custo-benefício e já são conhecidos pelos consumidores. A posta de tilápia é uma das variedades mais procuradas, e para este ano é comercializada a R$ 14,98 o quilo.
Outra boa pedida, conforme Pegoraro, são as postas de cação (R$ 13,98 o quilo) e o filé de merluza (15,98 a cada 800 gramas). Para quem quer economizar tem ainda as sardinhas e os atuns ralados, que custam, respectivamente, R$ 2,59 e R$ 3,59 a unidade.
Para quem pretende sair das receitas tradicionais, o pacu e o peixe curimba também são opções generosas para esta Quaresma. O quilo do pacu custa em média R$ 14,99 e do curimba R$ 7,98. Já o salmão, um dos peixes mais nobres encontrados no supermercado, é vendido a R$ 44,98 o quilo.
Segundo Pegoraro, não houve acréscimo nos preços em relação ao ano passado, mantendo também as mesmas variedades. “A gente sabe o que o pessoal procura nesta época do ano em que o consumo de peixe aumenta significativamente, e é por isso que tentamos diversificar sempre nossas opções”, comenta.
A consumidora Adriana Tavares conta que o peixe já faz parte do cardápio da família e não é só na Quaresma que o produto está presente na mesa. “Temos o hábito de comer bastante peixe, independente se é neste período ou não. Fizemos isso mais pela saúde”, afirma.
Sacrifício
Para os cristãos, especialmente os católicos, o peixe deve ser consumido todas as sextas-feiras durante a Quaresma. O costume é uma forma de privação de alguns prazeres nesta época em que muitos sacrifícios, em nome da religiosidade e da fé, são praticados. Deixar a carne vermelha de lado por 40 dias é um deles. Alguns estendem esta renúncia também às quartas-feiras, marcando a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
