Cotidiano

Paraná encerra mais de 16 mil vagas no semestre

Medianeira – Uma das maiores apreensões dos brasileiros nos últimos meses, fortalecida pelas incertezas políticas e econômicas do País é a permanência no mercado de trabalho. No entanto, os números não estão contribuindo para isso. É o que mostram os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social), que registraram uma perda de 16.763 postos de trabalho formais no primeiro semestre do ano. Desde janeiro, mais de 598 mil paranaenses perderam seus empregos de janeiro a junho.  

Nos primeiros seis meses de 2015, o Paraná gerou 13.998 empregos formais e contratou mais de 745 mil pessoas. No período, os desligamentos chegaram a 731 mil. Nos últimos 12 meses, verificou-se queda de 3,95% no nível de emprego ou -108.390 postos de trabalho.

Somente para o mês de junho foram eliminados 7.130 empregos celetistas no Estado, o que equivale ao decréscimo de 0,36% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada em maio. O pior resultado para junho ao Paraná foi no ano passado, quando foram eliminados 8,8 mil empregos formais.

Setores

Os setores de atividade que mais contribuíram para esse resultado foram a indústria de transformação (-2.816 postos), serviços (-1.738), comércio (-1.533) e construção civil (-1.473). As contratações foram positivas apenas na agropecuária (+460), que necessitou de mão de obra para a colheita da segunda safra do milho, e a administração pública (+16). 

Oeste teve retração de 14,6% em junho

Dados do Caged apontaram queda de 14,6% na geração de empregos celetistas no Oeste do Paraná, depois de eliminar 501 postos de trabalho formais em junho ante os 437 encerrados no mesmo período do ano passado.

Entre os sete municípios analisados no levantamento, o único que demitiu em junho foi Cascavel. O total de admissões chegou a 3.698, superado pelos desligamentos, que ultrapassaram os 4,5 mil. O saldo final foi de -859 vagas formais no município. Os vilões mais uma vez foram os setores de serviços, que fechou 474 postos de trabalho, o comércio (-170), indústria da transformação (-149), construção civil (-126) e o de serviços industriais de utilidade pública (-4). Apenas a agropecuária, a administração pública e a extrativa mineral mantiveram postos ativos.

Foz do Iguaçu lidera no número de contratações no Oeste para junho. Na fronteira foram admitidas 2.230 pessoas e demitidas 2.003. No mês, o município conseguiu manter 227 postos de trabalho formais, o melhor índice regional. Em seguida está Toledo, com 1.472 admissões e 1.421 desligamentos. Para o período mantiveram-se 51 vagas. Seguem positivos ainda os municípios de Assis Chateaubriand (+31), Medianeira (+22), Guaíra (+14) e Marechal Cândido Rondon (+13).

No semestre, o Oeste eliminou 208 vagas, e mais de 57 mil pessoas perderam seus empregos. Já nos primeiros seis meses de 2015, foram criados 4.058 postos. Neste caso, as contratações superaram em 6% as demissões. No período de 12 meses a região encerrou 7.423 postos de trabalho, resultado das 110.549 admissões menos as 117.972 demissões.

 

 

20 milhões de desempregados

     

As demissões em todo o Brasil atingiram a marca de 1,5 milhão em junho. No mês passado, foram fechadas 111.199 vagas. No semestre, as contratações chegaram a 9,8 milhões ante as 10,1 milhões de demissões. Em 12 meses, mais de 20 milhões de pessoas ficaram desempregadas.

     

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