Cotidiano

Padilha diz que ainda poderá haver agravamento do desemprego

PORTO ALEGRE (RS) – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira que o Brasil vive a pior crise econômica de sua história nos últimos anos e que no governo do presidente Michel Temer o cenário ainda é de agravamento do desemprego. Padilha disse que é preciso aprovar a PEC que fixa o teto dos gastos públicos e a Reforma da Previdência. sob pena de no futuro a União enfrentar problemas de inadimplência como o Rio Grande do Sul. Padilha disse que o relatório da PEC do Teto será lido no dia 3, um dia depois das eleições, e que a reforma da Previdência será enviada ao Congresso “depois do primeiro turno”, mas sem fixar a data.

? A projetarem-se o número que conhecemos, ainda deveremos ter algum agravamento no de desemprego. O governo tem interesse em gerar emprego ? disse Padilha.

Ele disse que a PEC e Reforma da Previdência fazem parte do mesmo ajuste e que são necessárias para colocar as contas em dia. Padilha, que está em Porto Alegre, deu essas declarações no dia em que o Banco Central divulgou os números sobre o rombo nas contas públicas em agosto e de novos dados sobre desemprego.

? A União está se aproximando aquilo que aconteceu com 16 ou 17 estados, entre os quais o Rio Grande do Sul, onde tivermos uma exacerbação de fixação de despesas. A União trabalha com o seu déficit de R$ 170 bilhões e não haverá nenhum inadimplemento. Mas nossa medida é justamente para que isso não venha a acontecer dali adiante. Se continuarmos a ter a despesa sem a correspondente receita, e estamos vivendo a pior crise econômica de todos os tempos, nunca houve similar. Estamos vivendo a pior crise econômica de todos os tempos, nunca houve similar ? disse Padilha.

O ministro disse que o governo quer gerar empregos.

? A reforma da Previdência será enviada depois do primeiro turno, certamente. A PEC do Teto não é pré-requisito. As duas caminham de mãos dadas, mas a PEC do Teto não é pré-requisito para que a outra vá ao Congresso A reforma da Previdência é prioridade tanto quanto a PEC dos Gastos. São duas partes de um mesmo corpo ? disse Padilha.

O ministro explicou que a discussão da reforma da Previdência será a mesma ocorrida na PEC: reunião com as Forças Armadas, que não fazem parte do Regime Próprio de Previdência dos Servidores da União, com regras diferenciadas, e ainda com entidades. Haverá, segundo ele, uma reunião do presidente Temer com os líderes dos partidos aliados.

Padilha rebateu os argumentos de que haverá redução de gastos em Saúde e Educação.

? O governo está fixando muito acima dos pisos constitucionais ? disse Padilha.

Sobre polêmicas, Padilha lembrou que ele é o coordenador do grupo ministerial sobre a reforma e que, portanto, ele que fala quando será enviada ao Congresso.