Esportes

Nuzman nega demissão de síndico da Vila Olímpica e compara reparos a obras em casas

INFOCHPDPICT000059391344-671.jpgBRASÍLIA – O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, negou que o síndico da Vila Olímpica tenha sido demitido. Após reunião com o núcleo da Olimpíada no Palácio do Planalto nesta terça-feira, Nuzman também minimizou os problemas em edifícios da vila, dizendo que é “normal” ter reparos em casa.

– Não foi demitido ninguém. Isso daqui é uma notícia que foi dada, como se diz, houve uma barriga. O síndico não foi (demitido) – desmentiu Nuzman, e completou: – Primeiro, não temos síndico, nós temos diretores. Nós, por uma força-tarefa, trouxemos o diretor de operações para que ele pudesse corrigir o que fosse necessário. Isso acontece.

Na segunda-feira, o blog Panorama Esportivo, do GLOBO, mostrou que o argentino Mario Cilenti, síndico da vila, foi afastado devido aos problemas de estrutura na acomodação dos atletas. A avaliação foi que a imagem dos Jogos ficou arranhada pelos episódios. Cilenti foi afastado do comando até o fim da semana – até lá, Rodrigo Tostes, diretor de operações do comitê, lidera -, mas poderá voltar após este período emergencial. Vila26-07

– O nosso diretor de relações com comitês olímpicos ficou subordinado a ele para poder atender aos comitês olímpicos, levar as questões e elas serem resolvidas – argumentou Nuzman.

O presidente do COB ainda minimizou as falhas nos prédios da vila, principalmente no episódio da Austrália, que se negou a ficar no complexo inicialmente. A delegação sueca também fez duras reclamações. Segundo Nuzman, “todos temos problemas em casa”, e é “normal” haver reparos.

– Todos nós moramos em apartamentos ou casas. Todos nós temos problemas em casa. Ou será que ninguém tem? É a hora, muitas vezes, é um elétrico, bombeiro, torneiro – declarou, reafirmando que haverá equipes de plantão para fazer consertos. Nuzman também disse que é normal haver necessidade de ajustes no começo de uma Olimpíada, e que em outras áreas de infraestrutura não há reclamações.

Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, atribuiu o episódio com a delegação da Austrália à chegada prematura dos atletas.

– A Austrália que chegou um pouco mais cedo e resolveu entrar da forma como estava. Porque em tese o calendário não será esse – disse Padilha.