Cotidiano

Novo presidente do Jockey pretende reabrir sede do Centro

2014 772940291-2014 772830593-predio atual1.jpg_20141202.jpg_20141203.jpgRIO – O novo presidente do Jockey Club Brasileiro, no Rio, Luiz Alfredo Taunay, pretende reabrir a sede do clube na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro. O emblemático edifício inaugurado em 1956 e projetado pelo arquiteto Lúcio Costa está fechado há três anos.

Taunay, que venceu eleição realizada nesta quinta-feira, diz que revitalizar o prédio será a prioridade de seu mandato. O novo presidente afirma que pretende reabrir dois ou três andares, onde funcionavam o restaurante e a piscina. Os demais pisos do prédio de 13 pavimentos devem ser alugados.

? Com o esvaziamento do centro, que perdeu muitas empresas para a Barra e outras regiões, não se justifica ter 13 andares. Então, pretendo alugar a maior parte do prédio ? afirma.

Segundo Taunay, será iniciado agora um estudo para avaliar as condições do edifício e levantar os custos de uma restauração. O presidente afirma que nos últimos anos, muitos móveis e outros equipamentos ?sumiram? do local.

? Não dá pra falar ainda quando vai reabrir. O estudo para reabertura vai começar imediatamente, mas como a sede está fechada há tanto tempo, não sabemos o que vai ser preciso ? diz ele.

O edifício do Jockey no Centro já foi um local tradicional de encontro de políticos para reuniões e almoços. Lá havia além de salas de reunião do conselho do clube, gabinetes administrativos, sala de leitura, biblioteca, barbeiro e até serviço médico. Mesmo nos últimos anos de funcionamento, o local era um grande espaço ocioso, segundo Taunay, que também presidiu o clube entre 2000 e 2008.

Em dezembro de 2014, o conselho do clube chegou a convocar uma assembleia geral extraordinária para votar entre os associados a possibilidade de arrendar a sede por 25 anos a uma empresa, que em troca, faria toda a obra de restauração do espaço. Na ocasião, 23 empresas participaram do processo licitatório para a reforma do edifício, de 26 mil metros quadrados. A Vince Real Estate foi a única a apresentar uma proposta comercial para o espaço, mas a ideia foi reprovada pelos associados.

Segundo a proposta da época, a Vince Real arcaria integralmente com os custos de execução do retrofit estimado em R$ 160 milhões. A empresa pagaria ainda ao clube uma outorga inicial de R$ 5,5 milhões e 19% ou 21% da receita bruta dos aluguéis durante o prazo de exploração do imóvel, com repasse mínimo de R$ 345 mil por mês. Findo o prazo de exploração, o prédio será devolvido ao clube.