Cotidiano

Norte americano assume diretoria artística de Inhotim

RIO ? Menos de um ano depois de assumir a curadoria do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, a portuguesa Marta Mestre deixou hoje o cargo, segundo nota oficial da organização, ?para se dedicar a outros projetos no Brasil e na Europa?. Quem assume a diretoria artística é o norte-americano Allan Schwartzman, que atuava na instituição como curador-chefe desde a abertura do instituto ao público, em 2006. A posição estava ocupada interinamente pelo atual diretor executivo, Antonio Grassi.

Baseado em Nova York, Schwartzman será assessorado pela equatoriana María Eugenia Salcedo, até então curadora-assistente e agora diretora artística adjunta. Salcedo começou em Inhotim como educadora, e foi gerente de educação do Instituto até 2015 e consultora de educação da 32ª Bienal de São Paulo, em 2016.

De acordo com o comunicado, Schwartzman ?tem se dedicado ao Inhotim há mais de dez anos, exercendo papel fundamental na criação do Instituto, definição de linhas curatoriais e realização de projetos site-specific deartistas como Chris Burden, Matthew Barney, Doris Salcedo, Doug Aitken e Olafur Eliasson?, tendo trabalhado com instituições culturais como o museu nova-iorquino New Museum.

Sobre Marta Mestre, o Instituto comunica que ?a reestruturação do departamento reforça um formato de curadoria com profissionais que podem atuar em projetos específicos ou períodos pré-estabelecidos, em parceria com o time local e a curadora adjunta Fernanda Arruda, também baseada em Nova York.?

Entre abril de 2016 e fevereiro de 2017, Marta trabalhou em diversas ações curatoriais da instituição, entre elas a comemoração de dez anos do Inhotim com homenagem ao artista Tunga; as exposições temporárias ?Por aqui tudo é novo? e ?Light?; ?Refazenda?, projeto de revitalização da Fazenda Boa Esperança, em Belo Vale/MG, e ?Claudia Andujar ? Visão Yanomami?, a primeira exposição individual da artista suíço-brasileira em Lisboa, realizada a partir de uma seleção de fotografias do acervo do Inhotim.

?A minha experiência no Inhotim teve um saldo muito positivo, graças a uma equipe muito qualificada e comprometida com este projeto singular. O meu objetivo foi concretizar uma experiência de trabalho focada na especificidade desta instituição por um lado, e tomar contato com a expertise do Inhotim em dinamização de projetos culturais num modelo público/privado, por outro?, comenta Marta na nota da instituição.