SÃO PAULO ? O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro que Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, cuja prisão temporária vence nesta terça, permaneça preso preventivamente. Na cadeia desde a última quinta-feira, o ex-secretário de governo de Sérgio Cabral é apontado como o articulador dos pagamentos de propinas que teriam sido feitos ao ex-governador Sérgio Cabral.
CabralNo pedido, o Ministério Público Federal (MPF) anexou os depoimentos de Cabral e de Carlos Miranda, homem de confiança do ex-governador, à Polícia Federal no dia das prisões como motivos para que Wilson Carlos permaneça preso.
?Nesse contexto, documentação apreendida no apartamento de Wilson Carlos reforça que este, auxiliado por Carlos Miranda, gestionava e operacionalizava a propina de Sérgio Cabral, por meio de atos de lavagem de ativos?, afirmaram os procuradores.
Outra razão apontada pelo MPF são os gastos de Wilson Carlos, considerados incompatíveis com sua situação financeira, como uma propriedade em Mangaratiba que Wilson afirma ser alugada, uma embarcação e os gastos de cartão de crédito.
?O padrão de vida ostentado por Wilson Carlos e seus familiares, e toda a evidência, é incompatível com sua declarada condição de desempregado desde o ano de 2014, revelando claramente que ainda usufrui, via operações rotineiras de lavagem de dinheiro, registro de bens em nome de terceiros e ocultação do patrimônio, das vantagens indevidas amealhadas no decorrer da gestão de Sérgio Cabral no governo do Estado do Rio de Janeiro?, afirmaram os procuradores.
Wilson Carlos Cordeiro da Silva de Carvalho aparece nas investigações como o articulador de pagamentos a Cabral.
*Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire
