SÃO PAULO. A investigação da Operação Calicute da Polícia Federal, que resultou na prisão do ex-governador Sergio Cabral, presto nesta quinta-feira, revelou que a ex-primeira dama Adriana Ancelmo fazia gastos vultuosos em dinheiro em espécie entre 2010 e 2015. As compras da mulher de Cabral envolvem desde a compra de vestidos por R$ 57 mil até a compra de mini bugs por R$ 25 mil. Os valores teriam origem em pagamentos de propina a Cabral.
O magistrado ainda explica que a esposa do então governador adquiriu adquiriu móveis de escritório por R$ 56.349,00 em dinheiro, em dezembro de 2010. Ela também comprou equipamentos gastronômicos com pagamento de R$ 72.009,31.
?Causa certa estranheza, por exemplo, a frequência de aquisições vultosas de bens móveis em espécie, como as feitas por Adriana Anselmo, esposa do então Governador?, diz o juiz.
De acordo com a investigação, entre 2007 e 2014, Cabral recebeu R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo da empreiteira Andrade Gutierrez.
A empresa da ex-primeira dama, a Coelho e Ancelmo Advogados, também contratou serviços de blindagem de automóvel por R$ 58 mil em espécie. O pagamento foi feito por meio de sete depósitos em dinheiro no dia 15 de agosto de 2014. Segundo as investigações, a prática revela indícios de fracionamento das despesas na tentativa de ocultação de patrimônio.
O magistrado afirma que entre 2009 e 2015, ais pagamentos teriam ocorrido entre 12/2009 a 08/2015, envolvendo dezesseis aquisições, cinco de Carlos Miranda, onze de Adriana Anselmo, esposa do ex-Governador Sergio Cabral, com pagamentos em espécie de R$ 949.985,01.
