Cotidiano

Ministro da Educação diz que novas ocupações podem levar a mais adiamentos do ENEM

2016_940328665-201609211705579005.jpg_20160921.jpgBRASÍLIA ? O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira, a lista atualizada dos locais de prova afetados pelo adiamento do Enem devido à ocupação de escolas e universidades por estudantes. A nova lista tem a inclusão de 53 escolas, enquanto outras 10 que constavam na primeira lista foram retiradas. Agora, 240.304 participantes que tinham previsão de fazer as provas em 364 locais ocupados terão que fazer o teste em 3 e 4 de dezembro.
A lista foi ampliada para incluir locais que foram ocupados após a divulgação da primeira lista pelo Inep, na última terça-feira. Esses estudantes farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro e serão informados do adiamento por SMS. Ao todo, serão 18 estados e Distrito Federal com participantes afetados pelo adiamento. O Enem ocorre normalmente neste fim de semana (5 e 6 de novembro) para 8,386 milhões de participantes. Ao todo, o exame tem 8.627.248 inscritos. Os afetados pelo adiamento somam 2,79% do total.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou também que se houver algum risco de ocupação de novas escolas neste sábado e domingo a orientação é para que, nessas unidades, seja suspensa a aplicação das provas do Enem. Mendonça afirmou que não pode haver qualquer possibilidade de risco à integridade do aluno. O ministro anunciou ainda que há acordos com os estados para participação das Polícias Militares nos arredores das escolas, e haverá também a atuação da Polícia Federal. O titular da pasta pretende conversar com todos os governadores dos estados para que seja assegurada a segurança do estudantes.
Mendonça Filho afirmou que 240 mil inscritos não farão as prova neste final de semana porque as escolas estão ocupadas. Ele disse que prefere que esse número aumente para 500 mil do que colocar alunos em risco nesse final de semana. Mendonça pontuou que os coordenadores do Enem em cada unidade terão autonomia para avaliar se há condições ou não de que a prova seja aplicada, caso haja risco de ocupação.
? Toda estratégia definida pelo ministério, em cooperação com forças de segurança e coordenação do Enem, é para preservar o clima pacífico, de respeito às pessoas. Chegaram a cobrar do ministério uma posição mais dura, em busca de reintegração de posse e de retiradas dos jovens. Isso ensejaria um risco enorme para a integridade física dos estudantes. Se houver situação de risco, a recomendação do ministério é que se suspenda a prova, para todos os coordenadores que estarão no comando da decisão. Não vamos colocar situação onde a PM vai ficar dividindo corredores humanos entre os que querem impedir e os que querem se submeter ao exame. Seria de altíssimo risco. É preferível que esses 240 mil que vão fazer em dezembro cresçam para 300 ou 500 mil. É preciso ter a certeza que todos que se submeteram ao Enem nessa primeira leva tiveram total tranquilidade de entrar no local de prova e de que estavam num ambiente seguro ? disse Mendonça Filho.