Cotidiano

Mais de cem imigrantes perdem emprego por greve contra Trump

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WASHINGTON ? Mais de cem imigrantes perderam seus empregos por terem faltado a um dia de trabalho da semana passada, segundo a imprensa americana. Eles participavam de um protesto que ganhou o nome de “Um dia sem imigrantes“, uma greve dos estrangeiros que se recusaram a deixar suas casas para trabalhar ou fazer compras por um dia, com o objetivo de mostrar a sua importância para uma das economia mais potentes do mundo. O protesto foi uma reação às truculentas batidas policiais para caçar ilegais e às ameaças de deportação que não param de chegar do novo presidente republicano, Donald Trump.

No entanto, dezenas de pessoas, incluindo sobretudo trabalhadores de construção e de restaurantes, foram demitidos por não terem aparecido para trabalhar.

Os imigrantes são uma importante fonte de mão-de-obra, sobretudo, em cargos menos qualificados do mercado de trabalho. Já pela manhã, dezenas de restaurantes, bares e outros estabelecimentos comerciais em várias cidades americanas estavam de portas fechadas na última quinta-feira.

À CNN, o empresário Jim Serowski disse que demitiu 30 dos seus funcionários de obras sem arrependimentos no Colorado.

? Eles foram avisados: “Se vocês fizerem isto, estão ferindo a companhia, e, se vocês forem cotnra a equipe, não são membros da equipe”.

O protesto veio após mais de 680 pessoas terem sido presas em operações de autoridades federais na semana passada por viverem sem documentos nos EUA. O presidente já ordenou que os governos locais reforcem o controle migratório, além de ter assinado um decreto para impedir a entrada de todos os refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Em menos de um mês de mandato, todas estas medidas refletem o tom altamente anti-migratório que o republicano adotou desde o início da sua campanha, com promessas de conduzir deportações em massa e perseguir, sobretudo, imigrantes latinos e muçulmanos.Um dia sem imigrantes: restaurantes fecham as portas contra Trump